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VAMOS TRABALHAR

Veja dicas de estudos para concursos de nível fundamental

Seleções cobram português e matemática.

Publicado em 05/09/2010 às 8:00

Lia Salgado
Especial para o G1

Quem pensa que concurso público é somente para quem tem elevados níveis de escolaridade está muito enganado. Diversos órgãos oferecem vagas de nível fundamental, em alguns casos, a escolaridade é aceita mesmo que incompleta. Atualmente há pelo menos 30 concursos abertos para esse grau com mais de 550 vagas a serem preenchidas, em todas as regiões do país.

Os salários podem variar, conforme o órgão e o cargo, na faixa de R$ 510 a R$ 1.500, mais benefícios (alimentação, transporte; em alguns, também plano de saúde). Muitos desses concursos são municipais - para preenchimento de cargos em prefeituras e câmaras -, mas há também estaduais e federais.

Os cargos oferecidos são bastante variados: auxiliar de serviços gerais, copeira, agente de preparo de alimentos (merendeira), gari, motorista, telefonista, porteiro, vigia, além de auxiliar administrativo, auxiliar metrológico, agente de defesa civil e outros.

Os requisitos normalmente exigidos são: ter 18 anos; ser brasileiro nato ou naturalizado (se português, estar amparado pelo estatuto de igualdade entre brasileiros e portugueses); estar em dia com as obrigações eleitorais; se do sexo masculino, estar em dia com as obrigações militares; ter boa saúde física e mental.

Vale lembrar que também os portadores de necessidades especiais podem concorrer, de acordo com as regras estabelecidas em cada edital, e desde que a deficiência não impeça o exercício das atividades inerentes ao cargo pretendido.

Conteúdo básico e o específico

As matérias mais cobradas são português e matemática. Além disso, costuma ser exigido algum conhecimento específico, que varia de acordo com o cargo pretendido. Por exemplo, alguns concursos pedem noções de informática, outros pedem conhecimentos sobre atualidades e um pouco de história e geografia como matéria complementar.

Podem ainda ser cobrados assuntos bem específicos, como o estatuto da criança e do adolescente –para o cargo de agente educador, por exemplo–, ou noções para uma alimentação saudável –para merendeiras. No caso de conhecimentos gerais/atualidades, o candidato deve acompanhar as notícias mais importantes nos telejornais, sites, jornais e revistas semanais, principalmente as que possam ser da área de interesse do órgão. Mas tudo isso vai depender do edital e do cargo pretendido.

O mais cobrado em português e matemática

O melhor é começar logo o estudo de português e matemática para estar em vantagem quando sair um bom edital. Ou correr para aproveitar algum que já esteja com inscrições abertas.
Os conteúdos mais exigidos em português são: leitura, compreensão e interpretação de texto; acentuação gráfica; pontuação; classes de palavras; concordância nominal e verbal; regência nominal e verbal; crase; sinônimos e antônimos. É importante lembrar também de dar uma olhada no acordo ortográfico que está no decreto 6.583/08, aquele que acabou com o trema, entre outras mudanças, cobrado na maior parte dos concursos.

Em matemática, os assuntos que mais aparecem nos editais são: números inteiros, fracionários e decimais: operações e problemas; equações de 1º. e 2º. graus; razão e proporção; porcentagem; sistema métrico decimal; sistema de unidade de medidas; perímetro e área de figuras planas.

Material de estudo

Muitos editais indicam bibliografia, ou seja, onde encontrar os assuntos que devem ser estudados. Mas, para sair na frente, o candidato pode começar a partir de livros de escola mesmo (seus ou dos filhos), que tenham a matéria necessária. E abusar dos exercícios de fixação, como se estivesse de volta aos bancos escolares.

Quando sair o edital, será preciso checar todos os itens que serão cobrados nas duas disciplinas básicas e complementar o estudo. Além disso, ficará faltando estudar o conteúdo específico. Para ganhar tempo e melhorar o foco, é bom resolver provas anteriores. Valem provas que tenham acontecido para o mesmo concurso ou da mesma banca examinadora, desde que para outros concursos de nível fundamental.

Em alguns casos, pode haver teste de capacidade física, como é o caso do gari, e prova prática, como no concurso para merendeira e motorista, por exemplo.

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Jornal da Paraíba

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