MPT mira relações trabalhistas

O Ministério Público do Trabalho (MPT) vai traçar um diagnóstico completo das relações trabalhistas existentes no estado da Paraíba. Para tanto, foi lançado na noite de ontem, em João Pessoa, o projeto 'Trabalho de Todos'. Na oportunidade, representantes de órgãos e entidades públicas e privadas assinaram um termo de cooperação com o MPT, para atuar juntos, de forma pioneira no país, em prol da melhoria da qualidade de vida do trabalhador. “Hoje o projeto deixa de ser do MPT para ser de toda a sociedade paraibana”, declarou o procurador-chefe do Trabalho na Paraíba, Cláudio Gadelha.

O evento reuniu autoridades dos poderes público federal, estadual e municipal que foram conhecer de perto as propostas de ação estabelecidas no 'Trabalho de Todos'. A iniciativa, que servirá de piloto para o resto do país, visa estabelecer uma nova forma de discussão e de resolução das mais graves questões que permeiam as relações trabalhistas em 13 municípios paraibanos, escolhidos estrategicamente para contemplar todas as mesorregiões do Estado. Os trabalhos serão realizados, a partir deste mês, por meio de audiências públicas seguidas de uma “praça de serviços” com instituições parceiras como INSS, Banco do Brasil, Sebrae, Fiep, Senai e Sesi.

Para o presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), o empresário Buega Gadelha, a parceria com o MPT é muito importante, principalmente, neste momento, em que a sociedade busca, com ansiedade, um trabalho decente e uma vida digna. “Essa parceria é importante até mesmo porque o Senai e Sesi são mestres na arte da empregabilidade e sabem preparar o trabalhador para o mercado de trabalho”, afirmou Gadelha.

Já o procurador-geral do Trabalho, Luís Antônio Camargo de Melo, ressaltou outro ponto positivo do projeto 'Trabalho de Todos' que é o de “aproximar mais a instituição da sociedade civil organizada”. Segundo Camargo, as audiências são uma via de mão dupla, pois ao mesmo tempo em que as pessoas tomam conhecimento do trabalho do MPT, o ministério conhece de perto as dúvidas e queixas dos trabalhadores”. Com isso, ao final do trabalho, devem ser implementadas estratégias que acabem com problemas como o trabalho infantil e escravo contemporâneo, assim como aumentar o número de postos de trabalho para pessoas com deficiência e jovens aprendizes.