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ECONOMIA

Gás natural tem o terceiro reajuste do ano e sobe para 7,8%

Percentual refere-se ao valor médio definido pela PBGás. Aumento passa a vigorar a partir do dia 1º de agosto.

Publicado em 17/07/2015 às 7:40

A partir de 1º de agosto os consumidores de gás natural na Paraíba vão pagar mais caro pelo serviço. Em audiência pública realizada ontem na Companhia Paraibana de Gás (PBGás) foi definido que o reajuste médio foi de 7,82%. Mas para os segmentos residencial, comercial e veicular a alta será mais elevada e chegará a 10,65%. O menor reajuste ocorreu na indústria, cujo aumento foi de 6,61%.

A informação foi do gerente de orçamento e regulação da PBGás, Ricardo Vieira. O aumento significa o repasse do reajuste de aproximadamente 11% anunciado há cerca de 15 dias pela Petrobras. Segundo Ricardo Vieira, a PBGás teve que aumentar o valor do serviço para seus clientes para preservar a empresa que, segundo ele, trabalha com redução da margem de lucro. “Até porque existem contratos que precisam ser cumpridos. O Brasil está passando por uma recessão e a Petrobras está repassando esses reajustes que estavam represados”, declarou.

De acordo com Ricardo Vieira o percentual da indústria foi menor porque foi uma forma de preservar o setor, que gera impostos e empregos para o Estado. O gerente contou que mesmo com a alta que vai vigorar a partir de 1º de agosto, a empresa só está aplicando 96% do preço que deveria ser aplicado ao público paraibano. “Então, outra alta pode ser adotada”, alertou.

Na lista dos segmentos que terão os maiores aumentos, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campina Grande (CDL-CG), José Artur de Almeida, enfocou que mais um gasto para o comércio será extremamente nocivo. “Estamos vivendo um círculo vicioso, onde uma coisa puxa a outra. Essa alta afeta o consumo e a queda no consumo agrava-se o quadro de recessão. Isso é terrível porque estamos vivendo um cenário econômico de retração e na contramão de tudo chegam os aumentos”, comentou Artur de Almeida.

Mesmo recebendo a menor taxa de reajuste, o presidente da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep-PB), Buega Gadelha, afirmou que o impacto no setor será relevante. “O gás é uma poderosa arma energética na indústria, principalmente para quem precisa de queima”, disse Gadelha.


Saiba mais

O reajuste de agosto é o terceiro em cerca de três meses. No dia 1º de junho houve um aumento médio na PBGás de 1,5% e o percentual mais alto foi destinado ao consumidor residencial (18,5%). O motivo foi o reajuste da PBGás que, segundo Ricardo Vieira, estava defasado desde 2013. No final do mês de junho houve mais uma alta por causa do aumento anunciado na época pela Petrobras. Na Paraíba o maior percentual foi de 8,51% (gás comprimido) e o menor o comercial (5,62%).

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Jornal da Paraíba

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