Documentos são cidadania

Antes de reivindicar direitos e cumprir todos os deveres, inicialmente e oficialmente, nos transformamos em cidadãos. É assim que comprovamos que estamos vivos para o Estado e isso acontece através da impressão dos documentos pessoais. Por causa da importância desses registros, é preciso uma atenção especial, desde a preocupação com a renovação, até nos casos de perda ou roubo. Essas iniciativas evitam aborrecimentos e problemas mais sérios, inclusive com a Justiça.

A auxiliar de serviços gerais Rita Rodrigues, de 53 anos, passou por um grande aborrecimento e preocupação. Tudo isso por falta de atenção com o número do Registro Geral ou RG, nome popular dado à cédula de identidade brasileira. A auxiliar perdeu a sua primeira cédula há alguns anos e retirou outro número, desta forma ficando irregular perante a Justiça. Segundo o gerente do Posto de Identificação que funciona na Casa da Cidadania em Campina Grande, Mateus Barreto, ela deveria ter retirado uma segunda via de sua identidade, mas informou que nunca tinha tido RG e acabou mentindo.

“Nós acreditamos que ela não teve má-fé e que talvez tenha se esquecido do primeiro número. Só descobrimos quando ela perdeu o segundo documento e veio tirar um terceiro. Ela não entendia que só podemos ter um número de RG e o que poderia ter sido feito era a renovação do primeiro número”, explicou. Mas este foi apenas um dos problemas de Rita. A auxiliar contou que recebeu cobranças em nome da sua primeira identidade, que não eram delas. “Alguém deve ter usado o meu RG para comprar. Já entendi que a gente tem que se preocupar com os documentos e já me aborreci bastante”, contou.

Segundo o gerente, apesar do processo de “retirada” de documentos ser simples, muita gente ainda não entende como acontece. Ele informou que quando o documento é roubado ou perdido, a primeira iniciativa é registrar um boletim de ocorrência na Polícia Civil. “Com o Boletim de Ocorrência em mãos, o cidadão fica seguro se acontecer alguma tentativa de fraude em seu nome”, disse.

Na Casa da Cidadania, que funciona na avenida Dr. Severino Cruz, às margens do Açude Velho, em Campina Grande, são impressas cerca de 150 cédulas por dia, mas durante períodos como o da eleição deste ano, o número chegou a pular para 300, durante o mesmo período.

A primeira via é gratuita, mas que a partir da segunda, existe a cobrança de uma taxa de R$ 17. Para retirar o documento, basta apresentar a certidão de nascimento ou do último estado civil, com averbação, além de duas fotos 3x4. Na Casa da Cidadania, também podem ser “retirados” outros documentos.