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ECONOMIA

Custo da construção desacelera na PB

Apesar do índice no acumulado do ano estar estável (0,3%), a Paraíba ainda mantém o maior custo da construção do Nordeste em valores.

Publicado em 10/10/2013 às 6:00

O custo médio da construção civil na Paraíba subiu menos em setembro (0,48%) que em agosto (0,52%) e o metro quadrado para produzir no último mês chegou a R$ 833,74. Apesar do índice no acumulado do ano estar estável (0,3%), a Paraíba ainda mantém o maior custo da construção do Nordeste em valores. Na região, o custo é de R$ 787,14.

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi) foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os estados do Nordeste, o que apresenta menor custo da construção civil foi o Rio Grande do Norte (R$ 737,09).

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em João Pessoa (Sinduscon-JP), Fábio Sinval, a alta percebida na Paraíba em setembro foi basicamente a reposição da inflação. Mas para ele e alguns empresários do setor, a alta no preço médio do metro quadrado da construção tem sido influenciada pela valorização da mão de obra, que continua escassa e não cresce no mesmo ritmo da demanda.

“O mercado passou muito tempo estagnado e depois houve um rápido crescimento. Com isso, a mão de obra especializada ficou escassa e isso tem elevado o valor da produção do metro quadrado da construção civil na Paraíba”, disse Sinval.

O diretor comercial da construtora Planc, Clóvis Cavalcanti, lembrou que, ao contrário da pesquisa do IBGE, o preço de venda do metro quadrado dos imóveis ofertados pelo Estado são uns dos mais baratos do país, mesmo os empresários enfrentando alta no custo da produção por conta da carência de profissional capacitado. “E para manter este preço de venda barato, muitas vezes o empresário baixa a margem de lucro”, contou Clóvis Cavalcanti.

O gerente financeiro da Magmatec Construtora, Marcos Aurélio Serrano Carneiro, falou que um dos profissionais mais escassos no mercado é o pedreiro de fachada. Apesar do piso salarial deste trabalhador ser de R$ 1.010 mensal, muitas vezes ele chega a ganhar o dobro ou até o triplo, dependendo de sua produção e carência no mercado.

“É importante lembrar que a capacitação do trabalhador da construção civil demora em torno de dois anos. Para ele alcançar um nível de excelência no trabalho, demora ainda mais, o que também contribui para que essa mão de obra qualificada não surge com a mesma rapidez da demanda”, explicou.

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Jornal da Paraíba

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