icon search
icon search
home icon Home > economia
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

ECONOMIA

Indústria brasileira vive momento de incerteza

Crescimento econômico brasileiro desacelerou e arrastou para baixo importantes índices referentes ao setor industrial do país.

Publicado em 24/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 15:06

Eles sabem o que querem e têm uma agenda muito precisa. Nos últimos anos, as indústrias asiáticas – sobretudo chinesa e coreana – têm invadido outros países com produtos manufaturados eletrônicos de alto padrão. São notebooks, smartphones e tablets com alto valor agregado que atendem a públicos de diversas faixas de renda.

Enquanto isso, a indústria brasileira enfrenta um momento de incerteza, devido a variáveis que estão além da atuação dos empresários, como alto preço da energia, pesada carga tributária, ineficiência da estrutura estatal e mão de obra com baixa qualificação. E isso tem um reflexo mais próximo do consumidor do que parece: o braço industrial se estende desde a coleta da matéria-prima no campo até a entrega na porta do varejo.

DIA DA INDÚSTRIA

No Dia da Indústria, celebrado neste domingo, o setor não tem muito o que comemorar. Nos últimos anos, o baixo crescimento econômico brasileiro arrastou para baixo importantes índices referentes ao setor industrial. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no último mês de abril o Brasil registrou saldo negativo de 3,4 mil empregos, sendo 1,5 mil apenas na Paraíba.

O Nordeste acumula perda de 20,6 mil postos. A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) no Brasil é de 80,9%, e a quantidade de horas trabalhadas caiu 2,4%, conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na Paraíba, é de 73%.

Em 10 anos, a indústria no país perdeu 2,9 pontos percentuais de participação no PIB, de 27,8% para 24,9%. A indústria de transformação, que equivale a metade do setor indústrial nacional, caiu 5 pontos percentuais, de 18% para 13%. Já o setor de serviços deu um salto de 54,6% para a maior participação nesse período, atingindo 69,4%, puxado pelo aumento de 51% na renda per capita do brasileiro e pelos programas de transferência de renda.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O único subsetor que ainda rende dividendos para a indústria é a construção civil. Com crédito garantido, demanda morna e uma cadeia produtiva concentrada na Paraíba, o segmento tem obtido bons resultados. Mesmo com poucos lançamentos imobiliários, devido à proximidade com a Copa do Mundo, o setor contratou mais do que demitiu em abril, fechando o mês com saldo positivo de 260 postos de trabalho. Em 2013, a variação ficou um pouco abaixo do PIB nacional, com 1,9%, porém acima do crescimento da Indústria (1,3%).

“O próprio mercado e o programa Minha Casa, Minha Vida já satisfizeram uma boa parte da demanda por imóveis na Paraíba”, afirma Irenaldo Quintans, vice-presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (Cbic). A afirmativa encontra eco na realidade: em 2010, o crescimento foi de 11,6%, bem acima dos 7,5% do PIB. Desde então, a taxa de crescimento vem diminuindo (3,6% em 2011 e 1,4% em 2012).

PARAÍBA

Por unidade de federação, a Paraíba conta com uma cena industrial diferente. Terrenos de sobra para a instalação de plantas industriais, benefícios fiscais e locatícios e localização estratégica fazem do Estado um dos melhores para a construção de novas indústrias. De acordo com a sondagem industrial da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), o volume de produção cresceu 4,3% no mês de março em relação a fevereiro, e 1,6% ante o mesmo mês de 2013.

Mesmo assim, há insatisfação e desconfiança dos empresários em relação à economia, o que manteve o lucro operacional e a situação financeira geral das indústrias abaixo do desejável.

PROPOSTAS

Por outro lado, os problemas que a indústria enfrenta não são pontuais, mas sim estruturais, o que é uma péssima notícia. O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil e vice-presidente da Fiep-PB, Magno Rossi, destaca que o setor tem uma agenda pronta para retomar o crescimento da indústria brasileira, e que irá angariar apoio de candidatos ao Congresso nas eleições de 2014 para que sejam criadas leis que ajudem o setor a recuperar a competitividade e o potencial de inovação.

Os pontos são: educação (básica e técnica), melhoria do ambiente macroeconômico e da gestão fiscal, maior eficiência do Estado, segurança jurídica e burocracia, desenvolvimento de mercados, relações de trabalho, acesso a linhas de financiamento, melhoria da infraestrutura, reforma tributária, inovação e produtividade. É um amplo dever de casa a ser feito, porém uma vez concluído irá resultar em benefícios de curto e longo prazos.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp