TECNOLOGIA
Instituições públicas reforçam a segurança contra ataque hacker
Onda de ataques por hackers a sites públicos também chegou à Paraíba. Por medida de segurança, os poderes públicos tiveram de redobrar a vigilância
Publicado em 10/07/2011 às 8:51
Lenilson Guedes
Do Jornal da Paraíba
A onda de ataques por hackers a sites públicos também chegou à Paraíba. Um dos alvos preferidos foi, recentemente, o site da prefeitura de João Pessoa. Por medida de segurança, os poderes públicos tiveram de redobrar a vigilância. No governo do Estado a ordem é monitoramento constante e muita atenção. No Tribunal de Justiça já está em fase de implantação um projeto de política de segurança da informação, em cumprimento a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Isso me parece muito mais um fenômeno da globalização”. Foi essa a explicação encontrada pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Agra (PSB), para justificar os ataques a sites do município. “Antes de qualquer especulação, eu acho que isso está no contexto da disseminação da tecnologia da informação. Nós vemos hoje muitas pessoas, principalmente o adolescente, com um conhecimento que vai além da nossa imaginação. Eles estão violando até as normas de segurança do Pentágono, nos Estados Unidos. Aqui no Brasil, tivemos também ataques aos órgãos do governo federal”, destacou Agra.
No Brasil, os ataques começaram por sites do governo federal. Em uma semana mais de 200 sites foram atacados, segundo estimativa do Serpro (empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda e responsável por parte dos sites do governo federal). E os ataques continuam. “Ainda estamos num volume maior de ataques que a rotina, mais que o dobro”, disse Marcos Mazoni, diretor-presidente da empresa.
O momento mais crítico foi o ataque ao site da Presidência, na primeira hora da madrugada de uma quarta-feira retrasada. Segundo Mazoni, o site recebeu 2 bilhões de acessos, dez vezes mais que o normal, o que fez o Serpro retirar o site do ar por uma hora.
O Serpro afirma que os ataques a site administrados pela empresa (o que inclui Presidência, Fazenda e Receita, mas não o IBGE) não causaram vazamento do banco de dados do governo. “Sem dúvida temos uma situação de crime, porque imputou prejuízo ao estado”, diz Mazoni, que dobrou as equipes de monitoramento dos sites do governo. Um novo sistema de IPs, que começa a ser implantado este ano no país, deve facilitar a identificação de hackers.
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