POLÍTICA
TJPB demite 100 comissionados após lei sancionada por João Azevêdo
Lei também criou 40 cargos de provimento em comissão de assessor de gabinete de juízo.
Publicado em 29/08/2019 às 14:10 | Atualizado em 29/08/2019 às 18:31
Uma lei sancionada pelo governador João Azevêdo extinguiu 100 cargos comissionados de assistente administrativo do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) e criou outros 40 cargos de provimento em comissão de assessor de gabinete de juízo do Primeiro Grau. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (29).
Segundo a justificativa do TJPB, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) declarou irregulares as nomeações dos comissionados e determinou a exoneração de todo os ocupantes dos cargos. Já em relação às vagas criadas de assessor de gabinete, o TJ alegou que “o assessoramento de magistrados no primeiro grau de jurisdição constitui uma necessidade institucional, tendo em vista a crescente demanda judicial”. Considerando a necessidade de pelo menos um assessor em cada unidade judiciária, de acordo com o CNJ, foram criadas as vagas.
De acordo com a lei, a criação dos cargos não trará qualquer ônus financeiro ao Poder Judiciário local, na medida em que as despesas decorrentes serão custeadas a partir da desocupação dos cargos de assistente administrativo.
Contingência no Orçamento
O decreto foi publicado após a divulgação dos dados do Relatório Justiça em Números 2019, anuário do CNJ, que consolida estatísticas sobre o funcionamento do Poder Judiciário em 2018. Segundo o relatório, a Paraíba obteve o pior resultado no que se refere ao índice de produtividade dos magistrados (IPM) dentre os Tribunais de Justiça de todo o país, em 2018. A Paraíba também obteve o terceiro pior resultado no ranking nacional no índice de produtividade dos servidores, no mesmo ano.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (28), o presidente do TJPB, Márcio Murilo da Cunha Ramos explicou que “a atual gestão vem materializando esforços para reestruturar o Poder Judiciário local, promovendo economias e revertendo-as para investimentos no primeiro grau [...] investindo na ampliação das assessorias”, o que justifica, também, as mudanças ocorridas após decreto da lei.
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