VIDA URBANA
Paraíba fica em segundo lugar no Nordeste em índice de inovação
Dado é de um levantamento da Federação das Indústrias do Ceará.
Publicado em 13/10/2020 às 17:09 | Atualizado em 14/10/2020 às 7:45
A Paraíba alcançou a vice-liderança no Nordeste em termos de inovação, de acordo com o Índice de Inovação dos Estados produzido pelo Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), divulgado nesta terça-feira (13). O estado, no entanto, caiu duas colocações em relação ao ano anterior no ranking nacional, passando do 12º colocado para o 10º lugar.
O índice considera pontos como o capital humano, investimento público em ciência e tecnologia, inserção de mestres e doutores na indústria, propriedade intelectual, produção científica, competitividade global em setores tecnológicos e intensidade tecnológica da estrutura produtiva.
Como destaque, a Paraíba ficou em primeiro na região Nordeste nos indicadores propriedade intelectual, produção científica e investimento público em ciência e tecnologia, ficando em 4º, 6° e 8° respectivamente do Brasil.
Ainda de acordo com a publicação, os maiores entraves para a inovação atualmente no estado são instituições e intensidade tecnológica. No primeiro, isso indica uma baixa agilidade jurídica e baixa transparência pública. No segundo, revela uma baixa participação dos vínculos empregatícios em setores de média-alta e alta intensidade tecnológica.
No quesito instituições, de acordo com a publicação, a boa governança institucional cumpre dois papéis fundamentais na inovação: gera confiança para investimentos de risco e reduz os custos de transação. Já em relação à intensidade tecnológica, os setores mais intensivos em tecnologia apresentam maior produtividade tanto do trabalhador quanto do capital, como como maior investimento em pesquisa e desenvolvimento.
Em primeiro lugar
O quesito propriedade intelectual leva em conta a quantidade de patentes por habitantes mesmo quando levado em consideração os problemas desta variável, como muitas inovações não são patenteadas; o peso idêntico atribuído a patentes desconsidera o real impacto de cada inovação; a existência de diferenças setoriais no processo de patenteamento; e o fato de que a inovação está acontecendo em torno de métodos e processos de negócios tanto quanto em torno de produtos específicos.
Já o indicador produção científica considera as seguintes variáveis: quantidade de artigos publicados em periódicos de áreas tecnológicas per capita e impacto científico das universidades do estado. Já o investimento público em ciência e tecnologia usa como indicador as despesas com ciência e tecnologia como porcentagem das despesas totais, de acordo com dados do Tesouro Nacional de 2018. O primeiro colocado foi o estado de São Paulo.
O ranking é calculado através de dois índices – Capacidades e Resultados – que avaliam o ambiente inovador (Capacidades) e medições da inovação em si (Resultados).
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