VIDA URBANA
PB tem 4ª maior taxa de sobrevivência de empresas após 10 anos
Taxa indica quantas empresas abriram em um ano e continuaram abertas no ano seguinte.
Publicado em 22/10/2020 às 14:15 | Atualizado em 22/10/2020 às 16:51
A taxa de sobrevivência de empresas na Paraíba, após 10 anos de existência, é de 28,8%. Dessa forma, o estado apresenta o 4º melhor índice e está acima da média nacional (25,3%). Isso é o que mostra a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2018, divulgada nesta quinta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo apresenta informações sobre a dinâmica empresarial, por meio da análise da entrada, saída, sobrevivência e crescimento de empresas.
O percentual paraibano ficou atrás apenas dos de Santa Catarina (32,1%), no Piauí (30%) e no Paraná (29%). A taxa é calculada com base no número de empresas locais sobreviventes – ou seja, que estavam ativas no ano de referência (2008) e permaneceram assim no ano pesquisado (2018) – em relação ao total de unidades funcionando.
Após a abertura da empresa e com o passar do tempo, a tendência é de queda na taxa de sobrevivência. Na Paraíba, entre as 6 mil unidades locais que nasceram em 2008, a taxa de sobrevivência no 1º ano de existência (2009) foi de 82%, caindo para 63,7% no 3º ano (2011), com redução para 50,9% no 5º ano (2013) e atingindo 28,8% no 10º ano (2018).
Já a taxa geral de sobrevivência de empresas locais no estado – dada pelo número de unidades que estavam ativas em 2017 e permaneceram assim em 2018 – foi de 84,3%, a quinta maior do Brasil, superior à média do país (83,9%) e da região (83%). Menor apenas que os observados no Rio Grande do Sul (86,7%), em Santa Catarina (85,9%), Minas Gerais (85,1%) e no Paraná (84,6%), o indicador aponta para um crescimento frente ao registrado para a Paraíba em 2008 (79,3%).
Taxa de abertura x taxa de encerramento
Na Paraíba, a taxa de empresas que encerraram as atividades em 2018 (17%), foi maior do que a das empresas que começaram a atuar (15,7%). Segundo a Demografia das Empresas, essa taxa de abertura ficou abaixo das médias nacional (16,1%) e regional (17%).
O levantamento indica que 8,8 mil empresas fecharam as portas, em 2018, no estado. Desses, 4,5 mil, cerca de 51,5%, pertenciam ao setor de comércio e reparação de veículos automotivos e motocicletas. O segmento é responsável pela maioria (51,3%) das unidades locais ativas na Paraíba.
Por outro lado, aproximadamente 8,1 mil unidades passaram a existir em 2018, com maior participação (39,1%) também das que desempenham atividades de comércio, reparação de veículos automotivos e motocicletas. Essa diferença no total de aberturas e encerramentos aponta para um saldo negativo no total de estabelecimentos.
Quanto à geração de postos de trabalho, nas unidades ativas que existiam no estado, no ano pesquisado, havia 336 mil pessoas ocupadas assalariadas, que representavam 6,3% do total do Nordeste. Esse resultado indica crescimento em comparação a 2008, quando o número era de 234 mil e a participação na região correspondia a 5,8%. Por sua vez, o salário médio mensal nas unidades paraibanas foi de R$ 1.723, abaixo da média regional, de R$ 1.875.
Alto crescimento
Em 2018, a Paraíba tinha 670 empresas de alto crescimento. Estas são empresas são as que tiveram crescimento médio de pelo menos 20% ao ano, em termos de pessoal ocupado, por um período de três anos; e que, no ano inicial de observação, tinham 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas. Nesse ítem, o indicador paraibano foi o 10º menor do país.
Ao todo, o pessoal ocupado assalariado em todos esses estabelecimentos somava 26,9 mil pessoas, a 9ª menor quantidade do Brasil em 2018. Nesse aspecto, o estado registrou participação de 10,1%, no total da região Nordeste.
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