COTIDIANO
Acusados de planejar e matar ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, vão a júri popular
Um dos dos denunciados pelo MP é Jose Ricardo Alves Pereira, que é sobrinho da vítima.
Publicado em 17/08/2021 às 10:52
Os três homens acusados de planejar e matar o ex-prefeito de Bayeux, Expedito Pereira, vão a júri popular, conforme decisão proferida nesta segunda-feira (16) pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa. Expedito Pereira foi assassinado no dia 9 de dezembro de 2020, no bairro de Manaíra, a mando, conforme as investigações, do sobrinho.
Leon Nascimento dos Santos, Gean Carlos da Silva Nascimento e Jose Ricardo Alves Pereira, que é o sobrinho da vítima, foram denunciados pelo Ministério Público, por supostamente terem planejado à morte e posteriormente executado o ex-prefeito.
Após a realização das audiências ocorridas em no dia 10 de junho e 29 de junho deste ano, o juiz admitiu a acusação e remeteu o caso à apreciação do Tribunal do Júri, que é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida.
O delegado Victor Melo explicou que Gean, Ricardo e Leon trabalharam juntos no crime, que aconteceu no dia 9 de dezembro de 2020. Eles tiveram a prisão temporária convertida em prisão preventiva pela Justiça.
“Ricardo e Gean já trabalhavam juntos há mais tempo, mas Leon se juntou aos dois para trabalhar na campanha eleitoral de Ricardo como candidato a vereador, este ano, e ficou trabalhando com ele depois”, disse Victor.
Segundo o delegado, Ricardo teria alugado um carro que foi usado pelos dois suspeitos para pegar a moto utilizada no crime e fugir em seguida. “Descobrimos que este carro foi usado para a dupla para, depois de devolver a moto ao dono, fugir para o Rio Grande do Norte. Ao investigar o carro, descobrimos que estava no nome de Ricardo”, explicou o delegado.
Victor Melo explicou ainda que, no dia do homicídio, cerca de 20 minutos depois do crime, Gean e Ricardo foram vistos juntos em um prédio no Centro de João Pessoa.
Na casa dos investigados, a polícia apreendeu documentos, cadernos e anotações. Um cheque de R$ 12 mil, assinado por Expedito, mas que a família não reconhece a assinatura, foi achado na casa de um dos suspeitos. Na casa de Ricardo a polícia encontrou um coldre de uma arma, o certificado de propriedade de uma pistola e comprovantes fiscais de compras recentes de munição.
A moto usada no crime foi apreendida pela polícia assim como a camisa utilizada pelo executor. Com base em imagens de câmera de segurança de antes, durante e depois do homicídio, a polícia achou o local em que a camisa foi descartada. “É possível ver o Leon se desfazendo da roupa. Pesquisamos as redes sociais dele, que são abertas, e encontramos várias fotos, desde novembro do ano passado, em que ele está usando a mesma camisa”, completou Victor Melo.
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