CONVERSA POLÍTICA
Queiroga afirma que 3ª dose vai começar por idosos e profissionais de saúde
Publicado em 18/08/2021 às 16:15 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:54
Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES
A aplicação da terceira dose de vacinas contra a Covid-19 deverá começar por idosos e profissionais de saúde. A informação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista à imprensa, nesta quarta-feira (18).
O objetivo da entrevista foi explicar a metodologia para harmonizar a distribuição de imunizantes para os estados e o Distrito Federal.
O ministro, no entanto, não estabeleceu data e destacou que para iniciar a dose de reforço ainda são necessários mais dados científicos para que o Ministério da Saúde possa organizar a sua aplicação.
“Planejamos, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacinação. Isso vale para todos os imunizantes”.
O ministro, antes de qualquer reforço, precisa garantir o fechamento do ciclo vacinal (duas doses) para mais de 65% da população brasileira.
Intervalo entre doses
Ao explicar a metodologia de distribuição de imunizantes, Queiroga ressaltou a importância dos entes federados observarem o intervalo entre as doses, que varia de acordo com cada imunizante.
“É fundamental que se observe o intervalo de vacinação entre as doses, para que possamos entregar as vacinas com a pontualidade desejada. Porque, se cada estado, cada município, resolver fazer a sua própria regra, o Ministério da Saúde não consegue entregar as vacinas com a tempestividade devida e isso atrasará a nossa campanha nacional de imunização”, disse.
Busca do equilíbrio
Para enviar as doses nesse formato, o Ministério da Saúde informou que fez um levantamento com base em dois critérios: as vacinas para a primeira dose já enviadas para cada estado, desde o começo da campanha de vacinação, e a estimativa da população acima de 18 anos de cada unidade da federação.
“O Ministério da Saúde, em momento nenhum, mudou a metodologia. A diferença é que temos que obedecer um princípio maior, que rege toda a gestão do SUS [Sistema Único de Saúde], que se chama equidade. Ela tem que ser sempre buscada e preservada. O Ministério da Saúde tem a obrigação de olhar para todos os brasileiros da mesma forma, independentemente da unidade federativa”, disse a secretária de Enfrentamento à Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo.
De acordo com o ministério, a medida foi acordada entre representantes da União, estados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e municípios pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), após a conclusão do envio de vacinas para imunizar todos os 29 grupos prioritários definidos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
O Ministério informou ainda que o ajuste na distribuição não impactará na distribuição das vacinas para a segunda dose, já que todos os estados continuarão recebendo o quantitativo necessário para completar todos os esquemas vacinais.
Com informações da Agência Brasil
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