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PLENO PODER

Deputados da Paraíba ajudaram a aprovar projeto que 'inviabiliza combate à improbidade'. Um retrocesso

Apenas o deputado Gervásio Maia (PSB) foi contrário à proposta

Publicado em 17/06/2021 às 11:34 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:45

Nove dos doze deputados federais da Paraíba votaram a favor do Projeto de Lei 10.877, que praticamente 'inviabiliza o combate à improbidade' administrativa nas gestões públicas. A votação aconteceu ontem, sem muita discussão com a sociedade. O projeto foi retirado da gaveta dias atrás pelo presidente da 'Casa', Arthur Lira (PP-AL), e colocado em votação.

A proposta, inclusive, teve o apoio de bolsonaristas e petistas e foi aprovada por 408 votos favoráveis e 67 contrários.

Para que haja condenação por improbidade, pelo projeto, é preciso comprovar que houve intenção de causar prejuízo ao erário e enriquecer ilicitamente.

Como votaram os deputados paraibanos:

Aguinaldo Ribeiro (PP) sim

Damião Feliciano (PDT) sim

Edna Henrique (PSDB) ausente

Efraim Filho (DEM) sim

Frei Anastacio (PT) sim

Gervásio Maia (PSB) não

Hugo Motta (Republicanos) sim

Julian Lemos (PSL) sim

Leonardo Gadelha (PSC) ausente

Rafafá (PSDB) sim

Wellington Roberto (PL) sim

Wilson Santiago (PTB) sim

Os defensores do projeto dizem que o objetivo é permitir que administradores tenham as condições de exercer suas atribuições sem receios de uma lei que, segundo eles, hoje permite punir tudo.

“Parabenizo aqui todo o esforço da Casa em votar um tema que há muito tempo carecia de uma regulamentação mais justa que trouxesse a coerência da lei para as realidades atuais”, declarou Arthur Lira, que tem duas condenações por improbidade em Alagoas.

A verdade, porém, é que boa parte dos parlamentares de hoje já foi, ou será um dia, gestor público (ocupando cargos no Executivo). E, claro, todos temem entrar na 'mira' de ações de improbidade. Uma espécie de 'autoproteção'.

Na avaliação de membros do Ministério Público, o projeto praticamente "inviabiliza" o combate à corrupção no país "sob o viés da improbidade".

Os pontos mais criticados durante a votação da proposta na Câmara foram a prescrição para as ações e a mudança nas penas. Segundo o texto aprovado, o magistrado terá liberdade para estipular as punições. Já as penas de perda dos direitos políticos foram majoradas, aumentando o prazo máximo; e foi retirada a previsão de pena mínima.

Além disso, nas condutas contra os princípios da administração pública, o magistrado deverá considerar critérios objetivos que justifiquem a fixação da pena.

Em um país que está na UTI, com milhares de mortos e doentes, os parlamentares aproveitaram o cenário de catástrofe para colocar em votação a matéria. Um retrocesso sem precedentes.

O PL agora irá para o Senado. Se seguir a mesma lógica, provavelmente será aprovado.

Imagem ilustrativa da imagem Deputados da Paraíba ajudaram a aprovar projeto que 'inviabiliza combate à improbidade'. Um retrocesso

João Paulo Medeiros

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