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VIDA URBANA

Mais de 200 moradias condenadas em CG

Aumenta o número de domicílios em situação de risco, segundo pesquisa do IBGE são mais de 1.500 casas de taipa em CG.

Publicado em 19/01/2012 às 6:30


O crescimento do setor da construção civil registrado em Campina Grande não tem sido suficiente para reduzir o problema das famílias que vivem em casas em situação de risco. Uma estatística que tem se elevado na cidade, se refere à quantidade de habitações condenadas pela Defesa Civil. No ano passado, 171 unidades estavam inclusas nesta classificação, e atualmente este número é superior a 200.

Segundo o coordenador da Defesa Civil, Ruiter Sansão, o aumento se deve ao crescimento natural das famílias, que não foram retiradas das áreas de risco e acabam ocupando locais próximos a riachos ou nas encostas. “Não temos ainda uma estimativa real do número de habitações condenadas este ano, mas podemos afirmar que houve um aumento significativo em relação a 2011, superando 200 famílias residindo em locais inadequados”, destacou.

A dona de casa Ana Maria Silva, 30 anos, é uma das campinenses que convive com o medo de ver a casa onde mora com os três filhos menores e o marido desabar. “Não tenho condições de reformar, muito menos de ir morar em outro lugar, quando chove é uma agonia, morro de medo de acontecer uma tragédia”, disse ela, enquanto mostrava as rachaduras nas paredes e no piso. Ana Maria mora na comunidade Jardim Atalaia, na Vila Cabral de Santa Terezinha.

O levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que existem cerca de 1.500 habitações no município construídas com taipa. “Durante as vistorias constatamos que as casas mais antigas, principalmente nos bairros da Liberdade, Monte Santo e José Pinheiro embora tenham a frente de alvenaria, por dentro são feitas de taipa”, contou.

A maioria das habitações condenadas estão localizadas na Vila dos Teimosos (22), bairro das Cidades (18), Rosa Mística (18) e Invasão do Distrito (18). De acordo com Ruiter, o número de famílias que ocupam estes locais é superior a 1.000.

“A grande parte são casebres e barracos que apresentam paredes moles, rachaduras e ameaçam cair a qualquer momento, colocando em risco a vida de milhares de pessoas carentes, que alegam que não podem deixar o local por falta de condições financeiras”.

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Jornal da Paraíba

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