COTIDIANO
Necropsia confirma morte de Anielle Teixeira por estrangulamento, em João Pessoa
Exames foram realizados nesta quinta-feira (9), mas resultado que indica ou não crime sexual ainda não foi divulgado.
Publicado em 10/09/2021 às 8:07 | Atualizado em 10/09/2021 às 8:26
A necropsia do corpo de Anielle Teixeira, de 11 anos, foi realizada nesta quinta-feira (9) e confirmou que a criança foi morta por estrangulamento, com fraturas de duas vértebras cervicais. la foi encontrada morta na madrugada desta quarta-feira (8), em uma mata no bairro de Miramar, em João Pessoa. O suspeito de matar a criança foi preso e confessou ter cometido o crime de feminicídio, mas negou que houvesse estuprado a menina, de acordo com o delegado Rodolfo Santa Cruz, e declarou que foi agredido pela polícia pernambucana para confessar o crime.
De acordo com Helene Freire, perita e chefe do Numol, na Paraíba, os exames identificaram a presença de lama nas vias aéreas da criança, o que leva a perícia a afirmar que quando a menina foi estrangulada e levada ao local onde foi encontrada, ela ainda estava viva, respirando, e teria aspirado lama.
Além disso, os exames para identificar se houve ou não violência sexual ainda estão em andamento. Um novo protocolo poderá ser estabelecido, caso não seja possível chegar a um resultado com os primeiros exames, devido ao avançado estado de decomposição do corpo que o corpo foi encontrado.
O diretor do Instituto de Polícia Científica (IPC), Marcelo Burity, onde o corpo da vítima passa por necropsia, explicou que como o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, precisou ser congelado por 24 horas antes do procedimento ter início.
O corpo de Anielle Teixeira foi entregue à família após a necropsia e foi enterrado nesta quinta-feira (9), no Cemitério São José, no bairro de Cruz das Armas, em João Pessoa.
Suspeito confessou o crime
O suspeito de matar a menina Anielle Teixeira, de 11 anos, disse ter sido agredido por policiais militares de Pernambuco, após ser capturado na cidade de Ferreiros, localizada no estado vizinho, e que, por isso, teria confessado o crime. A acusação foi formalizada em audiência de custódia da Justiça da Paraíba, que manteve a prisão dele, nesta quinta-feira (9), e reforçada pelo advogado de defesa.
A Justiça da Paraíba decidiu, durante a audiência de custódia, encaminhar a acusação feita por José Alex ao Ministério Público, para que seja apurada. A Polícia de Pernambuco divulgou nota negando qualquer agressão contra o suspeito.
Segundo Daniel Alisson, advogado de defesa do principal suspeito de ter matado Anielle, José Alex da Silva teria sido agredido ainda em Pernambuco. E o suspeito disse isso em depoimento durante a audiência de custódia. O advogado atribuiu às agressões o fato de Alex ter confessado o crime. A confissão foi divulgada pela Polícia Civil da Paraíba, que afirmou que Alex assumiu a morte, mas negou o crime sexual contra a criança.
Em nota, a PM de Pernambuco disse que conduziu o suspeito para a Delegacia de Ferreiros “sem que o mesmo tenha sofrido lesões físicas ou mentais por parte do policiamento militar”. Reforçando ainda que foi divulgado vídeo onde o suspeito aparece sem apresentar nenhuma lesão.
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