COTIDIANO
Caso Alph: 'namorada' e amigo são acusados por morte de estudante da UFPB, e estão foragidos
Corpo de Alph foi encontrado no dia 8 de fevereiro de 2020. De acordo com a decisão judicial, a motivação do crime teria sido um possível “triângulo amoroso”.
Publicado em 13/10/2021 às 17:29 | Atualizado em 18/10/2021 às 12:58
A Justiça da Paraíba decretou a prisão preventiva de dois acusados pela morte do estudante Cleyton Tomaz de Souza, conhecido como Alph. Os acusados faziam parte do ciclo próximo da vítima. Selena Samara Gomes da Silva, é apontada como namorada de Alph, e Abraão Avelino da Fonseca, que seria amigo da vítima. As informações foram divulgadas pelo portal g1 Paraíba. Os dois suspeitos estão foragidos.
De acordo com a decisão, a motivação do crime teria sido um possível relacionamento amoroso, visto que, segundo os relatos de pessoas próximas, Selena mantinha um relacionamento com Alph e com o acusado, Abraão.
O corpo de Alph foi encontrado no dia 8 de fevereiro de 2020, em estado de decomposição, com marcas de tiros, em uma mata às margens de uma estrada em Gramame. De acordo com o IPC, a vítima sofreu um disparo de arma de fogo na cabeça.
A defesa de Abraão disse ao g1 que "no momento não tem nada a declarar sobre o caso", que só vai fazer isso no fim da instrução processual. A defesa de Selena afirmou que a cliente é inocente e que "no momento oportuno, durante a instrução processual, os fatos serão esclarecidos".
De acordo com a decisão, que saiu em junho, o pedido de prisão veio após análise de provas materiais e depoimentos coletados de pessoas próximas aos envolvidos. Abraão Avelino é acusado de ter relação com o tráfico de drogas.
Em setembro, as defesas dos dois acusados tentaram derrubar o pedido de prisão preventiva, mas a Justiça não atendeu nenhuma das solicitações. A juíza, inclusive, marcou a audiência de instrução e julgamento para o dia 16 de novembro.
Relembre como tudo aconteceu
A morte do estudante da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), conhecido como Alph, teve grande repercussão estadual e nacional. Na época, o movimento estudantil reivindicou respostas sobre o assassinato.
Em fevereiro de 2020, o Instituto de Polícia Científica (IPC) identificou o corpo do estudante Clayton Tomaz de Souza, conhecido como Alph, de 31 anos, que estava desaparecido desde o dia 6 de fevereiro. Ele era de Pernambuco e cursava Filosofia, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa.
Segundo informações da Polícia Civil, que investigou o caso, o corpo do estudante foi encontrado no dia 8 de fevereiro, já em estado de decomposição e com marcas de tiros, às margens de uma estrada em Gramame, em uma região de mata.
Alph era conhecido por sua essência de luta, que reivindicava a universidade como um espaço público, popular e cultural, exigindo uma mudança na política de segurança da UFPB. Com isso, ele começou a relatar perseguições, assim como denunciá-las de várias formas. O estudante chegou a apresentar dossiê recebido pelo MPF em 2016.
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