Ministro do STF diz que Brasil perdeu tempo discutindo "bobagem" do voto impresso

Ex-presidente do TSE e alvo frequente do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, voltou a defender ontem as urnas eletrônicas e a democracia.

Ele foi homenageado e palestrante em um evento de Direito Eleitoral, em Campina Grande.

Barroso evitou entrar em polêmicas, mas ao analisar o sistema político do país ele considerou que o Brasil perdeu tempo ao debater temas não oportunos para o processo eleitoral brasileiro.

"Eu fui presidente do TSE e gostaria de ter feito a discussão sobre os sistemas eleitorais. Para a defesa do voto distrital misto, defesa de pelo menos 30% de mulheres nos órgãos diretivos dos partidos políticos, discutirmos reservas de vagas no Congresso Nacional para mulheres. Critérios mais transparentes na distribuição do fundo eleitoral. Entretanto não foi possível fazer esse debate tão importante. Um pouco pela pandemia e um pouco pela quantidade enorme de tempo que o país teve que gastar com essa bobagem de voltar a ter voto impresso e contagem", observou.

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