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Matheus Cunha retorna à seleção, ressalta concorrência na amarelinha e aponta Hulk como competidor por vaga
Paraibano que atua no Atlético de Madrid faz balanço da temporada atuando pelos Colchoneros e avalia que Copa do Mundo do Catar "tem tudo para ser o melhor".
Publicado em 28/05/2022 às 15:57
O atacante Matheus Cunha está de volta à seleção brasileira após ter ficado de fora da última convocação por conta de lesão. O paraibano, que aniversariou nessa sexta-feira, falou sobre a disputa com o conterrâneo Hulk, que tem sido o principal nome do Atlético-MG, para estar presente nas listas do técnico Tite. O atacante do Galo, por outro lado, foi chamado pelo treinador da amarelinha apenas uma vez neste ciclo para a Copa do Mundo do Catar.
Em entrevista coletiva concedida neste sábado, Matheus Cunha disse que enxerga Hulk como um concorrente direto pela vaga na amarelinha, mas que, assim como ele, há outros fortes jogadores na briga pela ida ao Catar.
Sem duvida nenhuma, pelo que ele tem feito e todos os outros (jogadores), acredito que a convocação da Seleção deve ser extremamente difícil por tantos grandes nomes que tem no futebol e por tantas coisas boas que os jogadores vem fazendo. Que seja uma dor de cabeça sadia para nosso treinador, e o Tite use com sabedoria disso. A decisão final é sempre dele, espero que todos nós estejamos cada vez mais prontos para essa convocação, disse.
A Fifa analisa a possibilidade de aumentar o número de inscrição de jogadores de 23 atletas, para 26. Com isso, o número de convocados aumentaria e, para Matheus Cunha, é um cenário positivo.
Isso só engrandece, assim como as cinco substituições, essas coisas deixam o futebol com mais opções e nível mais alto. Estamos falando da seleção brasileira, em que sai um e entra outro de imensa qualidade e competência para vestir essa camisa. Os 26 numa Copa é importante, é bom, abre vaga para mais jogadores, acredito que para todos treinadores deve ser uma dor de cabeça tremenda, chegar na convocação e ter mais três vagas ajuda, afirmou.
A Copa do Mundo do Catar será entre os dias 21 de novembro e 18 de dezembro, rompendo uma tradição da competição de acontecer em meados de junho e julho a cada quatro anos. Tal mudança aconteceu devido as altas temperaturas no país da região da península arábica nesse período do ano. Sobre isso, Matheus Cunha brincou com a ansiedade que toda a espera gera no atleta.
Queria que fosse ontem. Estando convocado, queria que fosse ontem (risos). A ansiedade é muito grande, quando as coisas vão acontecendo, você está na convocação, aquele friozinho na barriga, você quer que seja o mais rápido possível para fazer parte de tudo o que é o projeto. Mas, pensando não só com o coração, mas com a razão, vai ser melhor para o jogador, o nível fica mais alto, tem mais jogadores na Europa em todas as seleções, vamos estar num melhor momento, vamos nos preparar mais. Sendo no meio do ano, saímos muito exaustos. Acredito que tem tudo para ser a melhor Copa em nível físico e tático, o corpo vai estar mais preparado, falou.
Na atual temporada pelo Atlético de Madrid, Matheus Cunha não se firmou como titular. No entanto, nas 38 partidas que fez, o paraibano contribuiu com sete gols e sete assistências. Para ele, o balanço pelos Colchoneros é positivo.
Foi uma temporada de muito aprendizado, minha primeira temporada junto da seleção principal, ganhei ouro olímpico, ótima maneira de começar a temporada, com muita felicidade, alegria, indo para um dos maiores clubes do mundo, da Espanha, com concorrentes que só me ajudaram a crescer. Na próxima temporada a gente vai com muito mais foco, concentração e ansiedade, num bom sentido da palavra, porque tem grandes coisas que queremos disputar com Atlético e com a Seleção. Acredito que dentro do projeto do Atlético a próxima temporada tem tudo para ser muito grande e com muitas coisas para se aproveitar, opinou.
Com Matheus Cunha provavelmente na reserva, o Brasil faz amistoso contra a Coreia do Sul na próxima quinta-feira, às 8h (de Brasília), em Seul. Posteriormente, a Amarelinha enfrenta a seleção do Japão, em Tóquio, no dia 6 de junho.
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