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PLENO PODER

Inteligência artificial desenvolvida na UFCG é usada para classificar processos do TRF5

Tecnologia é capaz de ler até 70 mil palavras de um processo em apenas 1 segundo

Publicado em 09/06/2022 às 17:47


                                        
                                            Inteligência artificial desenvolvida na UFCG é usada para classificar processos do TRF5
UFCG não tem política específica sobre uso de banheiros segundo identidade de gênero. Foto: Leonardo Silva/Arquivo JP

				
					Inteligência artificial desenvolvida na UFCG é usada para classificar processos do TRF5
Reitoria da Universidade Federal de Campina Grande - Foto: UFCG/Divulgação. Reitoria da Universidade Federal de Campina Grande - Foto: UFCG/Divulgação

Já imaginou ler um documento com 70 mil palavras em menos de um segundo? Para um ser humano, a tarefa é impossível, mas, no mundo da Inteligência Artificial (IA) é totalmente viável. A tecnologia, desenvolvida pela UFCG, vem sendo usada pelo Tribunal Regional Federal (TRF5) para para identificar e vincular, automaticamente, processos em tramitação que possuam o mesmo tema jurídico.

A médio prazo a tecnologia deve possibilitar uma melhor gestão do acervo do TRF5, uma vez que a IA lê o documento, faz a triagem automática dos processos, reconhece palavras e sugere um tema, facilitando a conferência de assuntos já abordados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o juiz federal auxiliar da Presidência do TRF5, Luiz Bispo, o projeto do TRF5 foi baseado em modelos já em funcionamento no STJ e no STF.

“A solução encontrada tem por objetivo facilitar a identificação de padrões nas petições e decisões e, quem sabe, até um auxílio da máquina na propositura de minutas para casos similares”, explicou o magistrado.

Dados da UFCG apontam que o sistema tem 95% de acertos na classificação de assuntos.

O juiz federal informou que a expectativa é de que, em breve, o programa seja utilizado em toda a 5ª Região e seja integrado ao “Sinapse” (IA do CNJ), o que viabilizará a sua utilização por outros Tribunais.

Mais de 20 mil processos em análise

O projeto-piloto foi iniciado em janeiro deste ano e, até agora, mais de 20 mil processos estão no histórico de treinamento.

A primeira fase dos trabalhos consistiu em ensinar a IA a ler os processos (Sistema utilizando técnicas de aprendizagem de máquina), tal qual a inteligência humana faria.

Dessa forma, garante o professor da UFCG Rohit Gheyi, um dos integrantes do time que está desenvolvendo a solução tecnológica, o objetivo é apoiar o operador do Direito e o próprio Judiciário na gestão do processo, não substituir o trabalho humano.

“A solução vai recomendar (um tema). À medida em que o servidor for usando o sistema, vai adquirindo confiança, o que vai gerar celeridade ao processo de triagem, impactando o usuário final”, afirmou Rohit.

Texto: Ascom do TRF5 ****

Imagem ilustrativa da imagem Inteligência artificial desenvolvida na UFCG é usada para classificar processos do TRF5

João Paulo Medeiros

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