Impressão das urnas: prefeitos da Grande João Pessoa não deram a "melhor entrega de votos" a João Azevêdo

O resultado das urnas em cidades da Grande de João Pessoa, em especial na capital, Bayeux e Santa Rita, parace não ter correspondido às expectativas quando foram anunciado o apoio dos gestores.

Em outras palavras, os números mostraram que os prefeitos Cícero Lucena (PP), de João Pessoa, Emerson Panta (PP), de Santa Rita, e Luciene Gomes (PSD), de Bayeux  não deram  a "melhor entrega de votos" a João Azevêdo, como se esperou e como foi projetado.

Em Cabedelo, o vice-prefeito, candidato a federal, Mersinho Lucena também parece que deixou a desejar.

O governador João Azevêdo (PSB), concorrendo a reeleição, perdeu em número de votos para Nilvan Ferreira (PL) nos principais colégios eleitorais da região: João Pessoa, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo.

Os prefeitos das três primeiras cidade são  aliados de primeira ordem de Aguinaldo e Daniella Ribeiro (PSD), respectivamente, tio e mãe do vice Lucas Ribeiro (PP), vice de João. No caso de Cabedelo, a aliado é o vice-prefeito, Mercinho. Vejamos detalhadamente.

João Pessoa

Em João Pessoa, com 559.205,  onde Azevêdo tem como principal cabo eleitoral o prefeito Cícero, Nilvan obteve mais de 31,10% dos votos válidos; João, 29,20%; e Pedro, 26,50%.  A vitória de Nilvan estava caracterizada nas pesquisas internas, mas a aproximação de Pedro em João, não. Foram menos de 3% dos votos.

Cícero está com João desde 2020, quando ganhou a prefeitura com apoio total da máquina do estado. Com o resultado desse primeiro turno, o grupo cicerista terá que se dedicar mais para ajudar Azevêdo a ampliar a votação na capital, que é fundamental para uma vitória eleitoral na Paraíba.

Interlocutores governistas afirmam que se notou, ao longo da campanha, uma concentração maior de esforços em torno da vitoriosa eleição de Mercinho Lucena (PP) para o cargo de deputado federal. O objetivo foi cumprido. Mercinho, filho de Cícero, teve mais de 100 mil votos.

Agora, governistas vão cobrar direta ou indiretamente mais empenho.

Santa Rita

Em Santa Rita, a chapa João-Lucas terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com 23,03%. Ficou atrás de Pedro, que recebeu 24,45%; e Nilvan Ferreira, com 32,74%.

O resultado demonstra que prefeito Emerson Panta, que tem aprovação razoável, também não transformou sua popularidade em votos para João Azevêdo.

Diferentemente do que aconteceu com a campanha da mulher, Jane Panta (PP), que foi a mulher mais votada para um cargo de estadual na Assembleia Legislativa.

Bom recordar que ele travou uma batalha judicial com o governo pela autonomia da gestão das águas e esgoto da Paraíba. Em seguida, teve que 'engolir a seco' e aderir ao projeto de reeleição.

Esperava-se que o apoio não ficasse na formalidade das fotos, mas que se convertesse em votos para assegurar o PP na vice-governadoria nos próximos quatro anos.

Nas duas cidade, o PP parece que está em dívida com o PSB e João Azevêdo. Mais empenho, mais entrega, serão fundamentais no terceiro maior colégio eleitoral da Paraíba.

Bayeux

A prefeita de Bayeux, Luciene Gomes (PSD), é aliadíssima de Daniella Ribeiro (PSD), mas o apoio da máquina da cidade não foi suficiente para convencer o eleitorado a depositar o voto na chapa João-Lucas.

Na cidade, Nilvan também superou os dois concorrentes ao segundo turno, com 32,88%. O tucano teve 31,13% e João, mesmo conquistando o apoio formal de Luciene Gomes (PSD), ficou em terceiro com 23,72%.

Em Bayeux, um ingrediante a mais: o vice-prefeito de Pedro, Domiciano Cabral, conseguiu turbinar a candidatura de Cunha Lima na cidade. Mais do que Luciene.

Detalhe

Na Grande João Pessoa, Santa Rita tem 98.394 mil eleitores e Bayeux tem 73.291 mil. Ao todo, são 222.726 mil pessoas aptas a votar.

Cabedelo 

Na cidade portuária, João ficou em 3º lugar  (22,09%), Nilvan em primeiro (33,31%) e Pedro em segundo (23,34%). O resultado poderia até ser aceitável se o vice de Cabedelo não fosse Mercinho Lucena, também do PP, candidato vitorioso a federal.

O raio-X da votação na cidade revela também que o Progressita eleito terá que se esforçar mais para ajudar o aliado, João Azevêdo, a melhorar o desempenho por lá.