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SAÚDE

O que é fibrose pulmonar, doença que causou morte de Rita de Cássia

Rita de Cássia morreu aos 50 anos após ser internada com fibrose pulmonar idiopática.

Publicado em 04/01/2023 às 9:50


                                        
                                            O que é fibrose pulmonar, doença que causou morte de Rita de Cássia
Pulmão afetado por fibrose pulmonar de origem medicamentosa - Imagem: James Heilman, MD, CC BY-SA 3.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0>, via Wikimedia Commons

A cantora e compositora de forró Rita de Cássia morreu na terça-feira (3), aos 50 anos, após ser internada em Fortaleza, no Ceará, com um quadro de fibrose pulmonar idiopática. A doença afeta os pulmões e entre os principais sintomas está a falta de ar. 

O que é fibrose pulmonar?

De acordo com o médico pneumologista Constantino Cartaxo, o termo fibrose está relacionado ao processo alterado de cicatrização dos tecidos do corpo. No caso da fibrose pulmonar, este problema acontece no pulmão. 

“Para que aconteça a doença é preciso ter um fator genético para a cicatrização desregular, e também um fator desencadeante. Uma vez que o processo desencadeante inicia o processo de cicatrização, ele se torna inadequado, levando à modificações anatômicas e funcionais do órgão que afeta. Ou seja, ele muda a estrutura e a função do órgão. No caso do pulmão, cuja função é a troca de ar, ela vai ficar prejudicada ao longo do tempo, o que leva aos sintomas e até a morte”, diz.

Quem pode ter e o que causa a doença?

Segundo o médico, pessoas de qualquer idade podem desenvolver a fibrose pulmonar, desde recém-nascidos a idosos, que são a maioria dos casos. A fibrose pode ter várias origens, como doenças infecciosas, autoimunes, traumas no pulmão, medicamentos, entre outros.

“Ainda assim existe a fibrose pulmonar idiopática, que é quando apesar de todos os exames, não é possível identificar a causa da doença”, diz o pneumologista. 

Quais são os sintomas da doença?

A fibrose pulmonar se manifesta inicialmente por meio do cansaço, pela sensação de falta de ar. Em um primeiro estágio, o paciente sente o desconforto após atividades físicas de grande esforço. Com a evolução, a falta de ar passa a ser sentida também em atividades de pouco esforço e em um estágio mais avançado, até mesmo em situação de repouso.

“Essa falta de ar leva à dessaturação, que é quando o pulmão não consegue mais fazer a troca de ar. A quantidade de oxigênio no sangue vai cair progressivamente e, com isso, aparece a cianose, que é a cor roxa que surge nas unhas, nos lábios, mostrando que há um processo de dessaturação”, explica Constantino. 

Como é a evolução?

De acordo com o médico, a evolução da fibrose depende da causa da doença. Em alguns casos, a progressão é muito rápida. “Quando a causa está relacionada a algumas infecções no pulmão, a fibrose pode ser muito rápida e levar à morte em pouco tempo. Mas em outros casos, a doença se arrasta ao longo da vida fazendo com que o paciente possa chegar a idades bem avançadas”, diz. 

A fibrose pulmonar tem cura?

Segundo Constantino Cartaxo, a fibrose pulmonar não tem uma cura específica, mas é uma doença controlável. “Uma vez que o processo de cicatrização está modificado, é possível controlar esse processo. É difícil falar em cura pois a fibrose depende muito da causa, que pode ser muito diversa. Cura mesmo, são em pouquíssimas situações, mas na maioria dos casos, é possível controlar a evolução da doença”, conta.

O tratamento do quadro pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de medicamentos que reduzem a tosse, a dor, corticóides para a inflamação e também a oxigenoterapia. Todos eles são voltados ao controle dos sintomas da doença e, em alguns casos, pode ser feito até mesmo o transplante de pulmão. 

Diferença entre fibrose pulmonar e fibrose cística

Algumas pessoas confundem a fibrose pulmonar com a fibrose cística. “Embora o termo ‘fibrose’ apareça nas duas doenças, pois ambas alteram o processo de cicatrização do pulmão, a causa e o funcionamento das doenças são diferentes”, explica o pneumologista. 

Na fibrose cística, há uma desregulação de uma proteína que atua no muco pulmonar, no catarro, tornando-o espesso. “Isso faz com que ele fique preso no pulmão, sem ser eliminado, causando infecções”, diz. 

A fibrose cística também acomete outras áreas do organismo, como o pâncreas, e também pode causar infertilidade. 

No caso da fibrose pulmonar, o pulmão é o único órgão afetado. A doença pode ter várias origens e a evolução e tratamento é diferente. 

Imagem

Diogo Almeida

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