CONVERSA POLÍTICA
Militares questionam mudança na gestão do Hospital Edson Ramalho para SES
Audiência pública sobre mudança na gestão do Hospital Edson Ramalho aconteceu na manhã desta segunda-feira (3) na Câmara Municipal de João Pessoa.
Publicado em 03/04/2023 às 15:19 | Atualizado em 03/04/2023 às 15:34
A mudança na gestão do Hospital Edson Ramalho foi debatida em uma audiência pública realizada na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), na manhã desta segunda-feira (3). A proposta foi do vereador Coronel Sobreira (MDB), que questiona a decisão do governador João Azevêdo (PSB), em transferir para a Secretaria de Estado da Saúde a gestão da unidade, que é administrada há mais de trinta anos pela Polícia Militar.
Coronel Sobreira defendeu que a gestão deve permanecer com a Polícia Militar. Explicou que há 31 anos o Edson Ramalho é gerido pela Polícia Militar, mas é um hospital que atende a todos e que durante esse tempo não teve nenhum escândalo de malversação de verba pública.
É um hospital de portas abertas, que recebe um grande número de pacientes diariamente. Nossos agentes de segurança pública não têm prioridade no atendimento, como acham que têm e como deveriam ter”, destacou Sobreira.
O presidente da Caixa Beneficente dos Oficiais e Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel Castro, relatou haver um público que procura a entidade para pedir ajuda para ser atendido no Hospital Edson Ramalho.
Coronel Castro enfatizou ser importante o diálogo entre o Governo da Paraíba e as associações representativas. “Nós, das entidades, não fomos chamados para discutir isso e seria uma oportunidade para que todas as entidades fossem ouvidas. Não que fôssemos decidir algo, mas que pudéssemos dar nossa opinião”, comentou.
Defesa da Policlínica
O parlamentar defendeu também que deve ser criada uma policlínica para melhorar a qualidade da saúde oferecida aos agentes de segurança. O equipamento foi anunciado pelo governador João Azevêdo recentemente.
“As pessoas que compõem o sistema de segurança pública de nosso estado são as que arriscam suas vidas para proteger cidadãos que nem conhecem. É uma profissão de risco, mas os governantes não têm preocupação com essa categoria, não valorizam”, ressaltou o vereador.
O Coronel Maquir, presidente da Associação do Pessoal Inativo da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros e ex-diretor do Hospital Edson Ramalho, avaliou que a criação de uma policlínica para as forças de segurança seria bom, mas ele discorda de substituir toda a estrutura, especialidades e quadro de funcionários do Hospital por ela.
Resposta da SES
O Conversa Política entrou em contato da Secretaria de Saúde, que informou que não convidada para participar da audiência realizada na Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Direito do Consumidor (CCDHDC).
Sobre as queixas, a SES informou que a Polícia Militar embora seja gestora do hospital, os recursos são do SUS; e que a PM não tem prioridade no atendimento lá.
Ainda segundo a SES, o hospital, que é o principal de urgência da cidade vai ter ampliação de serviço, fluxo ampliado na rede hospitalar estadual e as forças de segurança, não apenas a Polícia Militar, vai ter um serviço especializado e exclusivo, a Policlínica Integrada da Segurança Pública (Poisnp), que funcionará no bairro da Torre.
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