COTIDIANO
Acusados de matar criança em ritual são condenados a mais de 30 anos de prisão
A mãe e o padrasto da criança participaram do crime. A mulher já foi condenada a 34 anos pelo 2º Tribunal do Júri de Campina.
Publicado em 08/06/2023 às 6:28
Três homens xxx foram condenados a xx anos de prisão em regime fechado, nesta quarta-feira (8), acusados de matar Éverton Siqueira, de 5 anos, em um ritual macabro em Sumé, no Cariri da Paraíba, em outubro de 2015. Em júri popular, foram julgados os réus Denivaldo dos Santos Silva (Paulistinha), Joaquim Nunes dos Santos (Xana) e Wellington Soares Nogueira (Etinho). O julgamento começou na quarta-feira (7) e terminou nesta quinta-feira (8), no 1º Tribunal do Júri de Campina Grande.
Veja as condenações:
- Denivaldo dos Santos Silva (Paulistinha) - 38 anos e 9 meses de reclusão e 3 anos de detenção;
- Joaquim Nunes dos Santos (Xana) - 37 anos e 2 meses de reclusão e 3 anos e 3 meses de detenção;
- Wellington Soares Nogueira (Etinho) - 34 anos e 2 meses de reclusão e 2 anos e 8 meses de detenção.
A mãe da criança, Laudenice dos Santos Siqueira, também teve envolvimento no crime e já foi condenada a 34 anos de prisão pelo 2º Tribunal do Júri de Campina. Os acusados e a mãe foram pronunciados pela juíza Giovanna Lisboa Araújo de Souza, que destacou a existência de provas de materialidade e indícios de autoria do crime.
Relembre o caso
Éverton Siqueira, de 5 anos, foi encontrado morto, no dia 13 de outubro de 2015, em Sumé, no Cariri da Paraíba. O corpo da vítima estava com incisões, partes do corpo mutiladas e a perícia constatou que o sangue da criança foi retirado. De acordo com o inquérito da Polícia Civil, ele foi assassinado durante a madrugada de 11 de outubro, próximo a um boqueirão, na zona rural.
As investigações também apontaram que a mãe da vítima permitiu o crime, participou de todo o processo e confessou o crime. A Polícia Civil da Paraíba suspeitou do padrasto e da mãe por causa da frieza dos depoimentos. De acordo com o Ministério Público da Paraíba, o padrasto, Joaquim Nunes dos Santos, foi o mentor do crime, junto de Denivaldo dos Santos Silva e Wellington Soares Nogueira.
A denúncia também acusou o padrasto de forjar o encontro do corpo da criança. Na época, o acusado alegou que um homem, com deficiência física, teria cometido o crime e estava próximo ao local onde o corpo foi encontrado. O homem foi preso junto ao padrasto e, dias depois, assassinado no presídio. O MPPB também acusa Joaquim de assassiná-lo para que o crime não fosse descoberto.
Os acusados respondem por homicídio por motivo torpe, crime cruel praticado mediante tortura, impossibilidade de defesa da vítima, ocultação e destruição de cadáver, humilhação a cadáver e associação criminosa.
Outros crimes
Quando foi preso, o padrasto da criança informou à polícia um nome falso, mas confessou seu nome verdadeiro logo depois. O homem também é apontado como suposto autor de latrocínio em 2007, na cidade de Rio Tinto. Na época, ele foi preso, mas fugiu da cadeia pública da região. Ele também é suspeito de agredir uma ex-companheira, anos depois, em Areia, no Brejo paraibano.
Depoimento da mãe
A mãe da vítima confessou o crime, no dia 16 de outubro de 2015, em depoimento à polícia, após saber da confissão de um outro suspeito do crime. Ela admitiu que a irmã da criança, que tem sete anos, também seria morta. A mãe também contou à polícia que os suspeitos riram durante o crime. “Um homem o agarrou pelas costas e o padrasto o golpeou de faca", disse em depoimento.
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