VIDA URBANA
Semam registra até três incêndios criminosos por dia em João Pessoa
Fogo é iniciado para favorecer a construção em áreas de preservação. Pontos mais atacados são Jacarapé, Mini Mata do Buraquinho e encostas da falésia do Cabo Branco.
Publicado em 07/12/2010 às 13:17
Maurício Melo
João Pessoa tem registrado um grande número de focos de incêndio nos últimos meses e, em novembro, houve semana em que tiveram que ser contidos dois ou três por dia, segundo a chefe de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente (Semam), Socorro Menezes. Outra informação grave é de que a maioria dos casos acontece em matas de reserva ambiental e é intencional.
Socorro explicou que com o tempo mais quente e seco do fim de ano, além do vento que corre pela cidade, as matas ficam mais suscetíveis ao fogo. Os pontos mais atacados são a região de Jacarapé, a vegetação em Água Fria conhecida como Mini Mata do Buraquinho e as encostas da falésia do Cabo Branco.
O termo "atacado" foi usado propositalmente, porque a maioria dos incêndios começa de maneira intencional, quando pessoas ateiam fogo na mata para "limpar" o terreno e depois construir em cima. Outro motivo bastante recorrente é de queimar lixo, "que é desnecessário por conta da boa coleta de lixo que a cidade tem", garante a chefe de fiscalização.
Segundo ela, em alguns lugares, quando a fiscalização chega, flagra as marcações para dar início à construção de edificações. "Nem mesmo as áreas de reserva ambiental são respeitadas". Por isso, a Semam passará a fazer fiscalizações diárias em diversos pontos da cidade para coibir esta prática. Quem for pego ateando fogo em matas protegidas pagará multa e poderá ficar preso.
A Semam orienta a população a denunciar os incendiários, inclusive porque o fogo pode acabar fugindo do controle e gerar ainda mais destruição do que se esperava. "Em primeiro lugar deve-se ligar para o Corpo de Bombeiros, depois para nós pelos telefones 0800 281-9208 ou 3218-9208.
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