EDUCAÇÃO
Estudos de excelência na UFPB
Pesquisas com alto grau de excelência colocam a UFPB como centro de referência; uma dessas pesquisas estuda o aumento da violencia.
Publicado em 27/11/2011 às 8:00
Estudos que buscam descobrir formas mais eficazes de combate às doenças ou que analisam a violência urbana. São pesquisas de excelência desenvolvidas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) que trazem benefícios para a sociedade e colocam a instituição em posição de destaque no país e no mundo. A UFPB foi a terceira universidade do Brasil que mais conquistou recursos – foram mais de R$ 60 milhões.
“Nossas pesquisas abordam temas extremamente contemporâneos, que têm impacto sobre a sociedade, como a colocação de um novo medicamento no mercado, por exemplo”, afirmou o pró-reitor de pesquisa e graduação, Isac Medeiros. “A excelência nas pesquisas da UFPB coloca a instituição como referência no país”, disse Medeiros, lembrando que 148 universidades concorreram e 117 ganharam recursos. “A Paraíba só ficou atrás de São Paulo e Santa Catarina”, frisou.
O nível de excelência já permite que a UFPB exporte tecnologia e ganhe destaque mundial pelas pesquisas. Atualmente a instituição tem mais de 1,4 mil projetos de pesquisa em andamento. “A demanda é muito alta e é importante lembrar que uma pesquisa pode envolver mais de um projeto”, explicou Medeiros. Segundo ele, este não foi o primeiro ano que a instituição conseguiu posição de destaque na captação de recursos.
Dentre as pesquisas de excelência, uma é estudada no Laboratório de Estudos da Violência (Levi), no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA). Há três anos, um grupo de pesquisadores busca entender os números de homicídios registrados em João Pessoa. O professor Ariosvaldo Diniz, que lidera o grupo, explicou que a pesquisa já rendeu outros subprojetos para mestrado e doutorado. “Tentamos identificar as causas que levam ao homicídio na capital, nossa preocupação é trabalhar com dados quantitativos”, afirmou.
Diniz disse que muitos dos dados apresentados são construídos pela polícia e pela imprensa, focalizando determinados grupos como negros, jovens e pobres da periferia. “A primeira função nossa é coletar material sobre isso e fazer uma crítica dessas fontes”, frisou. Segundo ele, as explicações para os crimes ocorridos em João Pessoa não são poucas.
“A violência pode ser multifacetada, o quadro social envolve todos os aspectos da sociedade sem esgotar nenhuma possibilidade”, declarou. São 20 pesquisadores, entre professores e alunos estudando a questão da violência na capital. A missão é elaborar uma contínua cartografia da violência na Paraíba, com o intuito de contribuir com ações de prevenção e intervenção na sua escalada.
As pesquisas são realizadas em autos de processo ou de inquérito policial, ouvindo autores e vítimas dos delitos, bem como as pessoas que com estes se relacionam ou relacionavam. A partir dos dados obtidos, segundo o professor Ariosvaldo Diniz, a pesquisa analisa as consequências danosas verificadas a partir do cometimento de crimes.
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