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VIDA URBANA

Moradores da comunidade Vila do Brejo sofrem com excesso de flúor

Pesquisa aponta que excesso de flúor na água de São João do Rio do Peixe é principal causa de problemas ósseos e dentários.

Publicado em 10/11/2011 às 6:30


Quase 100% das cerca de 170 famílias moradoras da Vila do Brejo, no município de São João do Rio do Peixe, no Sertão paraibano, sofrem de fluorose, que é o excesso de flúor no organismo, provocado devido à grande quantidade do mineral na água. Os dados foram descobertos através de uma pesquisa realizada por cinco odontólogos paraibanos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Segundo o professor do Departamento de Odontologia Social da UFPB Fábio Correia Sampaio, coordenador do trabalho, no município o nível de flúor na água chega a 5,2 miligramas por litro, enquanto que o nível normal é de 0,7 miligramas por litro (mg/l).
Devido ao alto nível do mineral na água consumida pelos moradores da cidade, praticamente todas as crianças da Vila do Brejo apresentam fluorose dentária. No entanto, outro problema ainda mais grave foi encontrado em 35 adultos, a fluorose óssea, que é o excesso do mineral nos ossos.

“A fluorose óssea é provocada pelo acúmulo de flúor no organismo ao longo da vida, os sintomas são dores articulares, limitação dos movimentos e a doença só é diagnosticada com uma radiografia, já a fluorose dentária é menos severa causando manchas brancas nos dentes, tornando-os quebradiços”, explicou o dentista.

Fábio afirmou que nos municípios de Catolé do Rocha, Pirpirituba, Princesa Isabel, Serra Branca e Marizópolis também foram encontrados alguns casos de fluorose, embora da pesquisa ainda não tenha apontado o número de casos, nem a gravidade da ocorrência.

Para enfrentar o problema, os pesquisadores desenvolveram dois sistemas em São João do Rio do Peixe. Eles coletaram dados da água que corre debaixo do solo e trabalharam uma tecnologia que, por meio de um filtro, elimina o excesso do mineral da água, outra alternativa foi a criação de uma estação de tratamento de água, onde uma base de alumínio é utilizada para retirar o flúor da água.

Todo o trabalho é realizado pela equipe do professor Fábio. O projeto está em desenvolvimento há um ano e tem sido fundamental para reduzir os índices da doença na cidade.

A secretaria de Saúde do município, informou que toda a infraestrutura da estação de tratamento foi disponibilizada pela prefeitura, e o trabalho de combate ao problema vem sendo realizado de forma conjunta com a UFPB e UFCG.

Imagem

Jornal da Paraíba

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