CULTURA
Semana de Revitalização Cultural do Teatro Minerva tem início
Evento, no primeiro teatro fundado no estado, começa nesta terça-feira (19) e conta com espetáculos, sarau e debates.
Publicado em 19/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:03
"O Teatro Minerva continua vivo", é o alerta do seu diretor, Eliézer Rolim, sobre o equipamento cultural fundado em 1859, em Areia, no Brejo paraibano, sendo o primeiro equipamento teatral a ser fundado no Estado.
Para mostrar a pulsação do espaço, começa hoje na cidade brejeira a primeira edição da Semana de Revitalização Cultural do Teatro Minerva. Coordenado por Rolim, o evento apresentará gratuitamente até o dia 24 espetáculos, música, exibições audiovisuais, sarau e debates.
O homenageado da estreia é o pintor, escritor, político, filósofo e cientista areense Pedro Américo (1843-1905), em virtude dos 172 anos de seu nascimento, relembrado no dia 29 de abril.
Diretor desde o final do ano passado, Eliézer Rolim aponta que existe duas frentes na batalha para chamar a atenção para o Teatro Minerva: "chamar a atenção sobre os problemas estruturais do prédio, mas também chamar a atenção do imaterial, a luta da sociedade local se alimentar de cultura", explica.
Sobre a revitalização física do local, Rolim frisa que será uma luta a longo prazo, pois o objetivo não é apenas chamar a atenção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), mas também promover a mobilização e conscientização com a população de Areia.
CARTAS DE AMÉRICO
Nesta terça-feira, a partir das 14h, no Minerva, a abertura ficará por conta de um debate do próprio diretor do teatro sobre 'O Poder da Cultura', seguido do lançamento oficial do site do projeto, onde se pode encontrar toda a programação do evento (www.teatrominervarevitalizacao.com.br).
Começam hoje também as cinco oficinas da edição – Aquarela, Teatro, Canto Coral, Dança e Fotografia –, além da exibição, a partir das 19h30, do longa-metragem O Sonho de Inacim - O Aprendiz do Padre Rolim (2010) e o lançamento dos curtas Águas de Areia e Mariza, Essa Mulher, ambos produzidos por alunos da cidade e do Campus II da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Na programação, acontecerão ainda as apresentações do Quinteto de Trombones da Paraíba (na quinta-feira), do espetáculo A Saga de Daluz, do Grupo Experimental Cena Aberta (sábado), e do Balé Popular, com direção de Maurício Germano (domingo), todos sempre às 20h.
Outro destaque acontecerá na quinta, às 17h, com a apresentação de um sarau com as cartas de Pedro Américo quando o paraibano estava na Europa e escrevia para os jornais cariocas. "São textos do fundo do baú, que não são conhecidos, cedidos pelo Museu Casa Pedro Américo", conta Eliézer Rolim.
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