VIDA URBANA
Policiais entregam as armas
Em greve, policiais federais entregam armas e distintivos; serviços administrativos e de investigação estão prejudicados.
Publicado em 08/08/2012 às 6:00
Em greve há 72 horas, os policiais federais entregaram ontem as armas e os distintivos à superintendência da corporação, instalada às margens da BR-230, sentido João Pessoa/Cabedelo, na Paraíba. O gesto foi realizado simultaneamente em outros Estados do país, onde a categoria também está mobilizada.
Com a manifestação, os serviços administrativos e de investigação ficaram prejudicados, e a população já começou a sofrer transtornos. Das 70 pessoas que estavam agendadas para receber o passaporte ontem, nas instalações da Casa da Cidadania que funciona no Shopping Manaíra, apenas 50 conseguiram sair do local com o documento nas mãos. As demais terão que aguardar para serem atendidas hoje.
Antes da greve, o passaporte era emitido, em média, 72 horas após a solicitação. No entanto, a previsão é que esse prazo seja prorrogado nos próximos dias. O motivo é que o quadro de pessoal do setor de emissão de passaportes está 50% reduzido.
“O setor funciona com quatro funcionários. São dois policiais e dois servidores administrativos. Com a greve, os policiais não estão indo trabalhar e o trabalho teve que ser reduzido”, explicou o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais da Paraíba (Sinpef/PB), José Tércio Fagundes Caldas,
“O serviço não foi interrompido, mas foi prejudicado. Por dia, 70 pessoas são atendidas no local, mas essa quantidade será diminuída à medida que a greve se prolongar durante os dias. Só hoje (ontem), a redução nos atendimentos foi de 30%.Amanhã (hoje), esse percentual será maior”, acrescentou o sindicalista.
Na Paraíba, segundo o sindicato, a greve já recebeu o apoio de 100% da categoria. São cerca de 140 policiais sem trabalhar desde o último domingo. Entre eles, estão agentes, escrivães, peritos e papiloscopistas. Por determinação legal, apenas 30% dos serviços considerados essenciais estão sendo mantidos, no entanto, esses trabalhos se concentraram nas atividades administrativas da própria instituição e não estão ligadas aos trabalhos de investigações, que permanecem parados.
De acordo com José Tércio, a greve foi deflagrada após três anos de negociação sem sucesso.
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