icon search
icon search
home icon Home > política
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

POLÍTICA

Poderes se preparam para acionar Estado na Justiça

Mesmo sem consenso em relação à partilha do duodécimo, LDO será votada nesta quarta.

Publicado em 16/06/2015 às 6:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 17:25

A insatisfação dos Poderes e órgãos autônomos, além da possibilidade de judicialização da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o próximo ano, não intimidaram o governador Ricardo Coutinho (PSB). Mesmo sem acordo para modificar as regras para cálculo do duodécimo, o projeto da LDO deve ser aprovado até amanhã pela Assembleia Legislativa.

A expectativa é de que o relator do projeto, Buba Germano (PSB), submeta hoje seu relatório para votação na Comissão de Controle e Acompanhamento da Execução Orçamentária e que amanhã o projeto seja apreciado no plenário. Com maioria na Assembleia, o governador Ricardo Coutinho deve conseguir aprovar, sem alterações, o projeto que encaminhou ao Legislativo. Na proposta, os representantes dos outros Poderes questionam a nova base de cálculo que foi estabelecida pelo Executivo para elaboração dos seus orçamentos: a Receita Ordinária Líquida (ROL).

Os representantes dos Poderes argumentam que a nova regra vai provocar perdas significativas no duodécimo, o consequente sucateamento das instituições, além de impossibilitar a nomeação de profissionais aprovados em concurso público. Até ontem, o procurador-geral de Justiça, Bertrand Asfora, aguardava um consenso, ou seja, uma proposta que contemplasse, além do Ministério Público, os Poderes e órgãos autônomos do Estado.

“Até hoje nós não temos nenhuma fórmula e precisamos nos sentar para conversar. Nossa expectativa é que isso seja alcançado nas próximas 48 horas”, afirmou. Asfora chegou a se reunir com o presidente da Assembleia, Adriano Galdino, (PSB) e com o relator do projeto, Buba Germano (PSB), porém, as negociações não avançaram.

De forma taxativa, o corregedor da Defensoria Pública do Estado, Elson Carvalho, afirmou que não existe consenso em relação à LDO e não descartou que o processo seja judicializado. Segundo ele, na ROL algumas receitas do Estado não são incluídas no cálculo do duodécimo dos outros Poderes, gerando ganhos apenas para o Executivo. “A única saída é entrar de novo com a demanda judicial”, disse.

EXECUTIVO
Carvalho afirmou que, apesar da LDO ter sido discutida com o Executivo, não houve nenhuma solução prática para a demanda dos Poderes e órgãos. “Talvez o governador queira ter todos os Poderes na mão ao apontar suplementação como saída. Infelizmente a Defensoria não conta com a sensibilidade do governador e ainda aguardamos inclusive decisão do Supremo (Tribunal Federal) em relação ao nosso orçamento deste ano, que foi reduzido drasticamente pelo governador”, frisou.

Contudo, o secretário de Estado do Planejamento, Gestão e Finanças, Tárcio Pessoa, frustrou qualquer expectativa dos Poderes em relação a uma possibilidade de acordo para modificação da LDO. Segundo Tárcio, não há mais tempo para discutir o projeto, que precisa ser votado nesta semana pelos parlamentares.

Até hoje nós não temos nenhuma fórmula e precisamos nos sentar para conversar. Nossa expectativa é que isso seja alcançado nas próximas 48 horas”
Bertrand Asfora, procurador geral de Justiça

Talvez o governador queira ter todos os Poderes na mão ao apontar suplementação como saída. Infelizmente a Defensoria não conta com a sensibilidade do governador"
Elson Carvalho, corregedor da Defensoria Pública

“Estamos garantindo, no mínimo, o orçamento realizado em 2015. Ao atrelar a ROL, garantimos o crescimento de acordo com o crescimento da receita real do Estado”
Tárcio Pessoa, secretário de Estado do Planejamento

TÁRCIO GARANTE QUE NÃO HAVERÁ PERDAS
Sobre a possibilidade de os Poderes terem um orçamento inferior ao que foi aprovado no ano passado, o secretário de Planejamento, Tárcio Pessoa, assegurou que não haverá perdas. “Estamos garantindo, no mínimo, o orçamento realizado em 2015. Ao atrelar a ROL, garantimos o crescimento de acordo com o crescimento da receita real do Estado”, explicou, discordando dos argumentos dos dirigentes dos outros órgãos.

Questionado sobre a aceitação por parte dos outros Poderes, o deputado Buba Germano afirmou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias foi aprovada por todos os deputados. Desde que assumiu o primeiro mandato, Ricardo Coutinho estabeleceu a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) como base para cálculo do duodécimo dos Poderes e órgãos, regra que foi obedecida até o ano de 2013. Com minoria na Assembleia, no ano passado, Ricardo Coutinho amargou grande derrota ao enviar a LDO para o Legislativo. Por meio de emendas, os parlamentares aprovaram uma nova regra para este ano, estabelecendo que o orçamento dos Poderes e instituições deveria ser elaborado com base na Receita Corrente Líquida do Estado.

Contudo, o governador vetou as propostas de orçamento encaminhadas pelos Poderes, o que motivou uma ação judicial movida pelo Ministério Público contra o governo do Estado para que fossem feitos ajustes na Lei Orçamentária Anual (LOA). Posteriormente, o governo do Estado promoveu ajustes na peça orçamentária, contudo não contemplou a Defensoria Pública. Com isso, a Associação Nacional de Defensores Públicos (Anadep) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a Lei 10.437/2014, que estabelece o orçamento para este ano. Ainda aguarda posicionamento do relator da ADI, ministro Luiz Fux. Ele considerou que o caso deve ser analisado diretamente no mérito.

Os deputados estaduais farão um esforço concentrado nesta semana para garantir que possam entrar de recesso até o fim da semana. Além da Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Casa deve votar o projeto que garante o voto aberto para todas as matérias apreciadas no Legislativo. Uma emenda, porém, poderá fazer a ressalva nos casos de eleição do presidente da Casa e cassação de mandato. Na semana passada chegou à Assembleia e começa a tramitar nas comissões as contas do governador Ricardo Coutinho referentes ao exercício de 2013.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp