POLÍTICA
STF julga mensalão a partir de agosto
A decisão foi tomada ontem, por unanimidade, em sessão administrativa da Corte.
Publicado em 07/06/2012 às 8:00
O processo do mensalão começará a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 1º de agosto. A decisão foi tomada ontem, por unanimidade, em sessão administrativa da Corte. Não participaram da reunião os ministros Ricardo Lewandowski, revisor do processo, e Antonio Dias Toffoli.
O processo apura responsabilidades no suposto esquema de compra de votos de parlamentares revelado em 2005. A data do início do julgamento foi marcada a partir da garantia de que Lewandowski entregará seu voto ainda em junho.
Como revisor do processo, ele é responsável por liberar a ação penal para a pauta do Supremo. Após a reunião , a assessoria de Lewandowski voltou a dizer que o ministro entregará seu voto neste mês, mas ainda não definiu a data.
Os ministros também decidiram que a primeira etapa do julgamento terá sessões de segunda a sexta-feira até 14 de agosto, com exceção do dia 3 de agosto. Nessa fase, serão apresentados o relatório resumindo o caso, as alegações do Ministério Público e as alegações dos advogados dos 38 reús.
As sessões começarão às 14h e irão até as 19h. O Ministério Público terá direito a fazer a acusação por cinco horas, e os advogados dos réus falarão por uma hora cada um.
Na segunda fase, que terá os votos dos ministros, as sessões ocorrerão apenas nas tardes das segundas, quartas e quintas. As sessões também começarão às 14h, mas segundo o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, não há previsão do horário de encerramento, já que essa fase seguirá o ritmo do voto de cada ministro.
O presidente do STF não fez previsão da data exata do final do julgamento, embora acredite que tudo termine até o final de setembro. Britto também disse que "há expectativa" da participação do ministro Cezar Peluso, embora ele tenha que se aposentar compulsoriamente no final de agosto por completar 70 anos.
COMEÇO
No dia 6 de junho de 2005, o então deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ) denunciou , que congressistas aliados do governo Lula recebiam o que chamou de "mensalão" (mesada) de R$ 30 mil do tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
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