VIDA URBANA
PB teve o pior salário mensal com média de R$ 1.383, revela IBGE
IBGE divulgou nesta quarta-feira (25) o Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre). Paraíba aparece em último lugar no ranking quando se fala em média salarial no Brasil.
Publicado em 25/05/2011 às 12:15
Inaê Teles
Com IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (25) o Cadastro Central de Empresas 2009 (Cempre). A Paraíba aparece em último lugar no ranking de salários médios por estado. De acordo com a pesquisa, o salário médio mensal, em 2009, na Paraíba foi de 2,3 salários mínimos (R$1.383,30), considerando a totalidade de salários pagos pelas empresas e outras organizações ativas. A média nacional ficou em 3,3 salários mínimos.
Já as Unidades da Federação que apresentaram os maiores salários médios foram: o Distrito Federal com 6,7 salários mínimos; Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá com 3,9 salários mínimos; e Roraima, com 3,6 salários mínimos, todos valores acima da média nacional. Além da Paraíba, as menores participações em salário médio ficaram Maranhão, Piauí, Ceará e Alagoas (2,5 salários mínimos).
No total, o estado apresentou em 2009, 256.849 trabalhadores assalariados. Sendo 180.546 (70,3%) do sexo masculino. As mulheres representavam apenas 29,7%, ou seja, 76. 303. Por este motivo a Paraíba ficou em quarto lugar no ranking dos estados com as maiores participações masculinas. Perdendo apenas para Alagoas com 77,2%; Pará com 71,5%; Maranhão com 71,4%;
Já os estados que mais empregaram mais mulheres em 2009 foram: Santa Catarina com 39,6%; Rio Grande do Sul com 38,5%; Roraima com 37,3%; Paraná com 36,9%; e Distrito Federal com 36,8%.
Escolaridade
Outro fator analisado na pesquisa do Cempre foi o nível de escolaridade dos assalariados. Na Paraíba, apenas 0,9% possuía nível superior. As Unidades da Federação que apresentaram as maiores participações em termos relativos de pessoal ocupado assalariado com nível superior foram: São Paulo com 40,9%; Rio de Janeiro com 12,3%; Minas Gerais com 8,9%; Paraná com 6,4%; e Rio Grande do Sul com 4,7%.
Já as unidades da Federação com as maiores participações do pessoal assalariado sem nível superior foram as mesmas, porém em ordem distinta: São Paulo com 32,0%; Minas Gerais com 10,5%; Rio de Janeiro com 9,4%; e Rio Grande do Sul e Paraná com 6,8%. Nesse pesquisa a Paraíba também ficou com 0,9%.
Pesquisa
O Cempre reúne informações cadastrais e econômicas de empresas e outras organizações (administração pública, entidades sem fins lucrativos, pessoas físicas e instituições extraterritoriais) formalmente constituídas presentes no país e suas respectivas unidades locais (endereços de atuação das empresas e outras organizações).
As empresas e outras organizações formais ativas cadastradas no Cempre ocupavam 46,7 milhões de pessoas em 2009, sendo 40,2 milhões (86,1%) como pessoal ocupado assalariado e 6,5 milhões (13,9%) na condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações pagos totalizaram R$ 781,9 bilhões. O salário médio mensal foi de R$ 1.540,59, equivalente a 3,3 salários mínimos (o valor médio do salário mínimo mensal era de R$ 461,15).
Na comparação com o ano de 2008, houve um incremento de 5,2% no total de empresas e outras organizações, de 4,6 para 4,8 milhões. O pessoal ocupado total cresceu 4,7%, de 44,6 para 46,7 milhões, e o contingente de assalariados também cresceu 4,7%, de 38,4 milhões para 40,2 milhões de pessoas. O salário médio mensal aumentou 4,7%, em termos reais, passando de R$ 1.471,07 para R$ 1.540,59.
Três atividades econômicas se destacaram no estudo, representando juntas 56,1% do pessoal ocupado total, 56,3% do pessoal ocupado assalariado e 57,9% dos salários e outras remunerações: administração pública, defesa e seguridade social, indústrias de transformação e comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
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