VIDA URBANA
Governo não apresenta proposta e médicos do Trauma se demitem
Reivindicação da categoria é para que o Governo restabeleça antigos valores dos plantões, mas a Secretaria de Saúde não atendeu e os médicos já param esta noite.
Publicado em 27/05/2011 às 13:23
Jhonathan Oliveira
Os médicos prestadores de serviço do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa confirmaram que vão mesmo deixar os cargos nesta sexta-feira (27). No total são 23 cirurgiões que pedirão demissão. A reivindicação deles era para que o Governo do Estado restabelecesse antigos valores dos plantões, que foram reduzidos, mas a Secretaria de Saúde não apresentou nenhuma proposta e por isso a decisão de demissão coletiva foi mantida.
De acordo com médico Paulo Ramalho, que integra a comissão dos médicos do Trauma, a categoria esteve reunida na tarde de quinta-feira (26) com o secretário de Saúde, Waldson de Souza; com o secretário de Administração, Gilberto Carneiro; e com a procuradora-geral, Livânia Farias. Segundo o médico durante o encontro não foi apresentada nenhuma proposta para os médicos.
“O secretário disse que o Governo já vinha enfrentando muitas dificuldades e queria evitar mais desgastes. Ao final da reunião que durou algumas horas não foi apresentado nada de concreto para os médicos”, disse em entrevista ao programa Polêmica Paraíba.
Os médicos querem que o Estado restabeleça os valores dos plantões que foram reduzidos desde o início da gestão do governador Ricardo Coutinho (PSB). O Governo está propondo plantões de R$ 640 (durante a semana) e R$ 740 (finais de semana e feriados), mas os médicos reivindicam plantões de R$ 1.000.
“A partir de hoje à noite esses médicos não estarão mais nos plantões. Eles não têm mais a vontade de permanecer prestando serviços ao Estado porque tiveram seus salários reduzidos desde o início do Governo”, afirmou Paulo Ramalho.
Paulo também acrescentou que os profissionais do quadro efetivo também devem se posicionar contra a redução dos plantões. Segundo ele, acontece uma assembleia geral da categoria na noite desta sexta-feira na sede do Conselho Regional de Medicina. “Eles também podem pedir demissão coletiva ou aprovar um indicativo de greve”, completou.
A reportagem do Paraíba1 tentou entrar em contato por telefone com o secretário Waldosn de Souza, mas ele não atendeu as ligações.
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