VIDA URBANA
Fórum discute projetos para deficientes físicos no Cariri
Debate já aconteceu em três regiões diferentes, abordando políticas públicas que atendam as necessidades da população com limitações físicas.
Publicado em 09/05/2012 às 6:30
Representantes de prefeituras e associações filantrópicas de 13 municípios do Cariri se reuniram para discutir e elaborar projetos de educação, esporte e geração de emprego para portadores de deficiência física.
O encontro aconteceu durante o 3º Fórum Regional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizado ontem no campus da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em Monteiro. Mais de 100 pessoas participaram do debate que tem o objetivo de encaminhar propostas para o Fórum Estadual, marcado para agosto em João Pessoa.
Mais de 80 pessoas participaram do debate, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Humano da Paraíba, organizadora do evento. Além de representantes de Monteiro, sede do fórum, também participaram gestores e moradores das cidades de Amparo, Camalaú, Caraúbas, Congo, Coxixola, Ouro Velho, Parari, Prata, São Sebastião do Umbuzeiro, São João do Cariri, São João do Tigre, São José dos Cordeiros, Serra Branca, Sumé e Zabelê.
A presidente da Fundação Centro de Apoio às Pessoas com Deficiência (Funad), Simone Jordão, abriu o fórum discutindo o tema “Um olhar Através da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência: Novas Perspectivas e Desafios”.
Foram debatidas ainda propostas para acessibilidade, comunicação, transporte, moradia; saúde, prevenção, reabilitação, segurança, acesso à Justiça, padrão de vida e proteção social adequada.
A principal demanda apresentada pela população com deficiência é a inclusão no mercado de trabalho, segundo a secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Cida Ramos. “Com os fóruns regionais, vamos discutir como a pessoa com deficiência vê as políticas públicas e qual a maior necessidade desta parcela da população. O acesso ao trabalho e à autonomia são as maiores demandas e para que isso ocorra é preciso haver uma inclusão produtiva”, avaliou.
PROJETOS
Entre os projetos previstos para este ano, Cida Ramos anunciou a criação de residências inclusivas onde pessoas com deficiência que não possuem amparo familiar serão atendidas, além dos “Centros-dia”, órgãos que vão atender portadores de limitações mais severas. A ideia é acolher estas durante o dia, enquanto os familiares trabalham ou exercem outras atividades.
Ainda não há prazo para inauguração, já que as três cidades-pólo, que vão receber a nova estrutura, serão definidas após o Fórum Estadual. A manutenção de cada estrutura dessa vai custar cerca de R$ 40 mil por mês.
MAIS QUATRO FÓRUNS
Estão previstos mais quatro fóruns regionais que serão realizados nas cidades de João Pessoa, Picuí, Sousa e Campina Grande. As primeiras edições dos fóruns regionais foram realizadas em Patos e Guarabira nos meses de fevereiro e março deste ano. As demandas serão encaminhas para a etapa nacional que acontece em dezembro, em Brasília.
Apesar das diferenças regionais, os portadores de deficiência que vivem nas várias regiões do estado estão apresentando problemas parecidos.
“As demandas não são muito diferentes, principalmente quanto à acessibilidade e saúde. O grande diferencial é que os fóruns trazem à tona não apenas os problemas, mas também dão oportunidade para a sociedade apresentar aos governos as soluções para seus encaminhamentos”, avalia Normando Viturino, presidente da Associação de Deficientes e Familiares da Paraíba (Asdef).
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