COTIDIANO
Em tom de deboche, Salomão diz que TCE não tem isenção para pautar TRE
Ex-prefeito de Sousa diz que TRE abria “precendente perigoso” ao indeferir sua candidatura a deputado com base apenas em pareceres do Tribunal de Contas do Estado.
Publicado em 05/08/2010 às 19:10 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:35
Phelipe Caldas
O ex-prefeito de Sousa, Salomão Gadelha (PMDB), declarou em tom irritado e de certa forma debochada que o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba abria um “precendente perigoso” ao indeferir sua candidatura a deputado estadual com base apenas em pareceres do Tribunal de Contas do Estado, classificado por ele como um órgão sem credibilidade e sem isenção.
O ex-prefeito na entrevista após seu julgamento esbravejou: “Será que agora todos os políticos da Paraíba terão que ficar reféns dos Nominandos da vida, de titio Catão, de Fabinho colega de classe, Arthurzinho e Arnobinho? Está mais do que óbvio que isto é um absurdo”.
Salomão fazia referência a cinco dos sete integrantes da corte de contas que, segundo ele, têm ligações políticas com a família Cunha Lima. Nominando Diniz, que é o presidente do TCE; Fernando Catão, que é tio de Cássio; Fábio Nogueira, que estudou com o ex-governador e foi seu secretário; Arthur Cunha Lima, primo do ex-governador; e Arnóbio Viana.
“Temos que tomar muito cuidado com este precedente, porque apesar de boa, a Lei da Ficha Limpa corre o risco de ser uma lei ditatorial, que dá totais poderes ao TCE, que assim poderia definir quem pode e quem não pode se candidatar”, disparou. “Este é um perigo maior do que o existente nos piores momentos da ditadura militar”, completou.
Ele lembrou que a constituição diz que apenas o Poder Legislativo pode julgar as contas e que o TCE não é mais do que uma corte consultiva, mas que isto não foi respeitado no seu caso. Salomão, contudo, diz que a campanha prossegue mais forte do que nunca e amanhã mesmo vai recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral.
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