Baixo preço ainda dá sobrevida

O consultor de varejo Jairo Pontes acredita que a venda de importados por 'sacoleiros' sobrevive em virtude do baixo preço dos produtos. “Uma pesquisa recente do Provar, em São Paulo, mostrou que uma parcela significativa dos consumidores, prefere comprar um produto mais barato, mesmo sabendo que é pirata ou de qualidade inferior, do que não tê-lo”, comenta.

Por este motivo, Jairo acredita que, enquanto existirem produtos comercializados com preços competitivos, uma parcela dos consumidores estará disposta a adquirir os produtos e o segmento continuará aquecido. “Há de se observar que, em alguns casos, os ambulantes oferecem uma garantia informal do produto com a substituição imediata e sem burocracia dos produtos que apresentarem defeitos”, diz.

Para Jairo, em alguns casos, os produtos comercializados são semelhantes àqueles vendidos em lojas formais. No entanto os casos de produtos similares ou piratas também aparecem em grande quantidade. O grande diferencial, de acordo com o especialista, é que esse tipo de varejo não está sujeito à carga tributária e aos custos operacionais das lojas convencionais. “O que sustenta esse tipo de varejo é que uma parcela da população está disposta a adquirir os produtos por preços mais acessíveis".