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COTIDIANO

Acusado de matar três finlandeses na Paraíba é absolvido após quase 13 anos

Réu Francisco das Chagas de Vasconcelos Lima foi absolvido pelos crimes de triplo homicídio e ocultação de cadáver. As mortes aconteceram em 2011.

Publicado em 10/06/2024 às 19:47


				
					Acusado de matar três finlandeses na Paraíba é absolvido após quase 13 anos
Fórum Criminal de João Pessoa. TJPB/Divulgação

O réu Francisco das Chagas de Vasconcelos Lima foi absolvido da acusação de triplo homicídio e ocultação de cadáver de três finlandeses mortos em dezembro de 2011, na cidade do Conde, no litoral da Paraíba. O julgamento aconteceu no Tribunal de Júri de João Pessoa, no Fórum Criminal, nesta segunda-feira (10).

De acordo com a sentença, o réu foi absolvido por faltas de provas. O homem respondia por Homicídio qualificado por motivo torpe, meio insidioso ou cruel e dificuldade de defesa da vítima. Além disso, ele também era acusado de ocultação do cadáver dos três finlandeses.

As vítimas do crime foram identificadas como Pasi Kalervo Kaartinen, de 71 anos, a esposa dele, Riitta Marjatta Kaartinen, de 68, e a amiga Sirpa Helena Tiihonen, de 60, que tiveram os corpos encontrados em um canavial no município de Pitimbu, também no Litoral Sul da Paraíba.

Segundo o processo, as vítimas possuíam um imóvel e diversos terrenos na praia de Jacumã, no município do Conde, e mantinham residência no local por um período de cerca de seis anos. No primeiro semestre de 2011, eles decidiram retornar definitivamente ao seu país de origem, a Finlândia. Segundo as investigações à época em que aconteceu o crime, a morte dos finlandeses teria sido motivada pelo desejo de ter as propriedades em posse dos finlandeses.

Ainda conforme o processo, uma testemunha viu veículos saindo do canavial em questão localizado próximo a PB-044, exatamente do local onde, no dia seguinte, foram encontrados os três cadáveres.

Na sentença, o juiz Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior, explicou que o relato de ligar o acusado aos carros vistos saindo do local em que os corpos foram deixados era frágil.

“Tal depoente não conseguiu identificar os ocupantes de tais veículos, fragilizando, assim, a utilização de tal depoimento para engendrar um édito condenatório em desfavor do réu. Ademais, foi o único depoimento que, fragilmente, identifica os veículos que transitavam naquele canavial”, considerou o juiz na sentença.

Um outro homem também é acusado de ter matado o grupo de finlandeses. No entanto, o segundo réu, identificado como Constantino Alexandre da Silva, morreu antes do julgamento.

Imagem

Gustavo Demétrio

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