COTIDIANO
Ano Bissexto: como funciona e por que fevereiro tem 29 dias a cada 4 anos
Descubra o que é um ano bissexto, como ele é calculado e a razão por trás dessa peculiaridade no calendário.
Publicado em 29/02/2024 às 12:43
A cada quatro anos, o mês de fevereiro ganha um dia a mais no calendário, ficando com 29 dias, ao invés dos usuais 28 dias. O ano em que isso acontece passa, então a ter 366 dias, e é chamado de ano bissexto. Mas por que existe essa particularidade no calendário? Como funciona a contagem dos anos bissextos e qual o seu significado?
O que significa bissexto?
A origem da expressão vem do romano “bis sextum”, e remete à forma de contar os dias dos romanos. Na época, não era feita a contagem tradicional sequenciada, e sim de forma regressiva. Portanto, o dia 24 de fevereiro era contado como “sexto dia antes do calendário de março” (ante diem sextum kalendas martias).
Com a implantação do calendário com o dia extra em fevereiro a cada quatro anos, em 8 d.C., o calendário passou a ter “dois dias 24 de fevereiro”. No caso, dois dias em que eram contados o “ante diem sextum kalendas martias”. Portanto, aquele ano passou a ser “bis sextum” (bis=dois, sextum=sexto).
O que é um ano bissexto?
O ano bissexto é o ano que possui um dia a mais do que os anos comuns, totalizando 366 dias em vez dos habituais 365. O dia extra é adicionado ao mês de fevereiro e acontece a cada quatro anos.
Por que foi criado o ano bissexto?
A criação do ano bissexto remonta aos tempos antigos, quando as civilizações tentavam sincronizar os seus calendários com os ciclos naturais das estações do ano e da duração do dia. O calendário juliano, estabelecido por Júlio César em 46 a.C., introduziu a ideia de anos bissextos, mas a cada três anos. Foi no século XVI, com a reforma gregoriana, que o calendário atual foi estabelecido.
A necessidade de um ano bissexto surgiu para compensar a diferença entre o ano solar e o ano civil, do calendário. Os astrônomos calculam que um ano tem aproximadamente 365 dias e 6 horas, mas no calendário, arredondamos para 365 dias.
A cada quatro anos, essas seis horas precisam ser contabilizadas no calendário, de forma a não prejudicar a contagem das estações do ano, o que causaria confusão na contabilização dos períodos de estiagem e chuva para a agricultura, além das datas religiosas. Essa compensação é feita com o acréscimo de um dia: 6 horas + 6 horas + 6 horas + 6 horas = 24 horas.
Por que o dia extra é em fevereiro?
Quando Júlio César, imperador romano, reformulou o calendário em 46 a.C e instituiu o calendário juliano, o ano acabava no mês de fevereiro, e não em dezembro. Por isso o dia extra foi incluído neste mês.
Como se Calcula o Ano Bissexto?
O cálculo do ano bissexto segue uma regra simples: um ano é bissexto se for divisível por 4, exceto quando também é divisível por 100, a menos que seja divisível por 400. Parece complicado? Vamos simplificar.
- Se o ano for divisível por 4, é um ano bissexto. Ex: 2024 ÷ 4 = 506.
- No entanto, se o ano for divisível por 100, não é bissexto, a menos que:
- O ano seja divisível por 400, nesse caso, é bissexto. Ex: 1600 ÷ 400 = 4.
No caso, nos anos que terminam com “00” mas que o valor não é divisível por 400, como por exemplo 2100 ÷ 400 = 5,25, o ano deixa de ser bissexto e fica com os usuais 28 dias. A última vez que isso aconteceu foi em 1900.
Essa correção específica se dá pois o ano exato ainda não é pontualmente 365 dias e 6 horas. O planeta demora 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos para dar a volta no sol. Do mesmo jeito que as “6 horas” são compensadas a cada quatro anos, os 11 minutos e 12 segundos emprestados neste período precisam ser descontados do calendário a cada 400 anos.
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