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COTIDIANO

Apreensões de drogas caem pelo segundo ano consecutivo na PB

De acordo com dados da PRF e PF, pouco mais de 360kg de entorpecentes foram apreendidos este ano na Paraíba, bem menos que os cerca de 823kg do ano passado.

Publicado em 31/12/2010 às 10:46

Maurício Melo

A apreensão de drogas na Paraíba caiu este ano. Pelo menos foi o que registraram as polícias Federal e Rodoviária Federal na Paraíba. De acordo com dados divulgados pela PRF e PF, pouco mais de 360kg de entorpecentes foram apreendidos este ano na Paraíba, bem menos que os cerca de 823kg do ano passado. Isso aconteceu mesmo com o aumento no número de ocorrências.

Se por um lado a grande maioria das apreensões da PRF acontecem na estrada, a PF atua também dentro das cidades com ações planejadas de investigação ou mesmo com blitzen. O serviço de inteligência destas polícias montam estratégias e rotas possíveis e preveem por onde os traficantes tentarão transitar as drogas.

Em muitos casos, a Paraíba nem seria o "ponto final" dos entorpecentes, mas as estradas e cidades paraibanas acabam integrando a rota de tráfico até internacional. Sabendo disso e fiscalizações em ônibus de passageiros ou mesmo em carros com placas de estados que fazem parte do caminho da rota de tráfico.

Muitas vezes atuando em conjunto, PRF e PF montam operações bem sucedidas com agentes disfarçados ou com a ajuda de cães farejadores. Assim os agentes conseguiram interceptar cargas e prender "mulas" sem precisar disparar nenhum tiro. As ações se tornam cada vez mais seguras, mais certas e com menor estresse e risco para os policiais.

Farejadores

Alguns traficantes montam artifícios para tentar esconder a droga em fundos falsos de carros, em tanques vazios e por baixo de outras cargas em caminhões e caminhonetes. Mas nada disso impede que os cães treinados para farejar drogas achem o entorpecente. "Nossos cães estão treinados para localizar todos os derivados da maconha e da cocaína", explicou o agente Ageu Oliveira, responsável por Argus, um labrador de 4 ano de idade.

Ageu explicou que para os cães, tudo não passa de uma brincadeira. Eles buscam os entorpecentes para serem recompensados com um brinquedo. "Quando o cachorro aponta um local, os agentes desmontam o veículo até achar a droga", disse. Atualmente a PRF na Paraíba tem dois farejadores. Além de Argus, há também DeeJay, também labrador da mesma idade do "colega".

O uso de cães nas abordagens é tão importantes que, assim como os agentes rodoviários, eles também são solicitados para participar de missões em outros estados. "Há pouco tempo estivemos na fronteira do Brasil com a Bolívia para apoiar nas fiscalizações de lá", revelou Ageu.

Blitzen

Com a descoberta das rotas, uma simples fiscalização de rotina é o bastante para descobrir pessoas que são pagas para transportar cargas de drogas de uma cidade ou estado para outro, são chamados de mulas. Agentes contam que, de tão nervosas, algumas destas pessoas já se entregam logo que um agente se aproxima e pede para ver os documentos.



Comparativos

Dados da Polícia Federal

Droga/ano200820092010
Maconha524,245 kg369,016 kg190,592 kg
Cocaína87,042 kg224,971 kg15,372 kg
Crakc49,700 kg46,980 kg44,629 kg
Ecstasi-435 comp.-
LSD-240 pts-

Dados da Polícia Rodoviária Federal

droga/ano200820092010
Cocaína34,7kg54g9,8kg
Crack920g28,6kg48,3kg
Maconha137kg154,1kg54,7kg
Anfetamina22 uni.549 uni.29 uni.
Outras189 uni.354 uni.90 uni.
Número de ocorrências182027
Imagem

Jornal da Paraíba

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