COTIDIANO
Canto coral. A propósito de Gurgel
Publicado em 20/06/2016 às 14:13 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:49
A morte do maestro e professor Maurício Gurgel, domingo em João Pessoa, remete à história do canto coral na Paraíba e à sua importância. Faço, aqui, alguns breves registros.
O primeiro: de Gazzi de Sá. Pioneiro na formação de corais, trabalhou diretamente com Heitor Villa-Lobos, o maior compositor erudito do Brasil. Gazzi atuou numa época em que Villa-Lobos tinha no presidente Getúlio Vargas um grande incentivador do ensino da música.
O segundo: de Arlindo Teixeira. O maestro gaúcho esteve à frente do Coral da UFPb na virada da década de 1960 para a de 1970. Ele conseguiu projetar internacionalmente o grupo, no seu momento de maior prestígio.
O terceiro: de Pedro Santos. Amazonense radicado na Paraíba, Pedro foi homem de música e de cinema. A síntese da sua contribuição ao canto coral é o Madrigal Paraíba.
O quarto: de José Alberto Kaplan. Argentino, Kaplan se dividiu entre o piano, a composição, a regência e o ensino da música. Seu nome está associado à Camerata Universitária.
Eli-Eri Moura, Tom K e Carlos Anísio são nomes que não podem ser esquecidos. Registro também o trabalho dos maestros Eduardo Nóbrega e João Gurgel (filho de Maurício), que hoje estão à frente, respectivamente, do Coral da UFPb e do Coral do Unipê.
Um registro final: numa conversa hoje cedo com o maestro Eduardo Nóbrega, ouvi dele que a importância de Maurício Gurgel está no fato de que ele atuou na base, formando gente que depois integraria corais profissionais.
Tive poucos contatos com o professor Maurício Gurgel. A minha admiração por ele surgiu quando pude vê-lo à frente do coral da velha Escola Técnica. Era o retrato do homem a despertar nos seus alunos o amor pela música.
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