COTIDIANO
Casal preso em operação da PF contra as empresas Fiji Solutions e Softbank tem prisão mantida
Homem está detido no Presídio do Serrotão e mulher ficará em prisão domiciliar.
Publicado em 15/06/2023 às 16:56 | Atualizado em 15/06/2023 às 17:28
Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento, presos pela Polícia Federal nesta quinta-feira (15), durante uma operação da Polícia Federal com o objetivo de combater crimes contra o sistema financeiro e organização criminosa, passaram por audiência de custódia. O homem teve a detenção mantida e foi levado para o Presídio do Serrotão. A mulher vai ficar em prisão domiciliar.
Segundo a PF, os investigados captaram recursos de clientes prometendo o pagamento de remuneração expressiva, obtida por meio de operações de compra e venda de criptomoedas.
Os mandados de prisão e busca e apreensão aconteceram em endereços ligados a gestores das empresas paraibanas Fiji Solutions e Softbank.
O terceiro alvo dos mandados de prisão foi Bueno Aires, empresário dono da Fiji Solutions, que já estava detido desde a quarta-feira (14), por cauda de uma prisão temporária, cumprida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, por suspeita de crime de abuso sexual infantil. De acordo com a Polícia Federal, a audiência de custódia dele ainda não aconteceu.
Ainda segundo a PF, nos últimos três anos, os investigados movimentaram cerca de R$ 600 milhões em criptoativos. Em abril deste ano, a Fiji Solutions teve R$ 399 milhões bloqueados em determinação da Justiça, por meio da 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba.
A operação foi batizada de "Ilha da Fantasia" e é alusiva a um dos nomes comerciais utilizado pelo grupo, e também ao modus operandi, de prometer rendimentos irreais aos investidores, segundo a PF.
Quais atividades realizadas pela Fiji Solutions?
A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano.
Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos.
Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes.
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