Caso Ana Sophia: osso e lençol são encontrados durante investigação em área de busca pela menina

Um lençol manchado de sangue e um osso foram encontrados em Bananeiras, no Brejo da Paraíba, durante investigação em área de busca pelo corpo de Ana Sophia, que está desaparecida há cerca de cinco meses.

De acordo com a Polícia Civil, o material foi localizado próximo a um riacho, em um trevo da rodovia PB-105, que liga Bananeiras a cidade de Borborema. Uma equipe de investigadores do Rio de Janeiro encontraram um lençol com manchas de sangue e próximo desse tecido havia um osso. Segundo a Polícia Civil, foi encontrado apenas um osso.

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O delegado Diógenes Fernandes informou que na região é comum utilizar tecidos próximo às bananeiras para colheita e proteção dos frutos, e que o material colhido será periciado.

“[O material foi encontrado] em área de plantação de banana. É comum o uso de cobertor de tecido ou lona para o manuseio e proteção dos frutos colhidos, então não há relação ao caso. De todo modo, enviamos o material para perícia”, explicou o delegado.

Tanto o lençol manchado de sangue quando o único osso encontrado na área foram recolhidos e encaminhados para o Numol de Guarabira, também no Brejo da Paraíba, onde deve passar por exames de perícia. O prazo para que o resultado seja divulgado é de cinco dias úteis.

Buscas pelo corpo de Ana Sophia

Desde 14 de novembro que a polícia retomou as buscas pelo corpo de Ana Sophia, após apresentar novas provas contra Tiago Fontes, único suspeito de ter cometido o crime contra a criança.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros em Guarabira, major Fernando, as buscas começaram pela área onde o corpo do suspeito foi encontrado pela possibilidade dele ter ocultado o corpo da menina no mesmo local.

Durante a coletiva de imprensa realizada pela Polícia Civil em 14 de novembro, o delegado Aldrovilli Grisi informou que no dia do desaparecimento da menina o suspeito fez um desvio de rota durante a ida ao trabalho, coisa que não costumava fazer.

As buscas contam com a equipe do Corpo de Bombeiros a pé, cães farejadores e o uso de drones para mapeamento da área.

A suspeita da equipe é que o corpo da menina esteja em uma local úmido, por causa das pesquisas que o homem realizou na internet sobre corpos em decomposição.

De acordo com o delegado Aldrovilli Grisi, Tiago Fontes arquitetou a morte e ocultação do corpo de Ana Sophia, e no dia do desaparecimento da menina ele saiu mais cedo do que o habitual para trabalhar e, nesse período, saiu para ocultar o corpo de Ana Sophia.

A Polícia Civil suspeita que o homem ocultou o corpo de Ana Sophia em dois momentos, de forma provisória, e na janela de tempo em que saiu do trabalho para casa, num tempo de 1h52, ocultou o corpo da menina de forma definitiva.

O delegado Aldrovilli Grisi também explicou que Tiago Fontes pesquisou sobre vários casos de desaparecimentos de criança que envolvem morte e estupro.