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COTIDIANO

Colapso nas federais: UFPB e UFCG vão parar após setembro por falta de recursos

Publicado em 08/07/2019 às 15:27 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:51

Universidades sofrem com o contingenciamento feito pelo Governo Federal. Reitores dizem que só há orçamento até o fim de setembro

A situação das universidades federais aqui na Paraíba é preocupante. Tanto a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) têm sofrido com o contingenciamento de recursos feito pelo Ministério da Educação. Nesta segunda-feira (8), os reitores das duas instituições fizeram um alerta: só há orçamento para manter as universidades funcionando até o fim de setembro.

Depois disso, as atividades estariam comprometidas por conta da falta de recursos repassados pelo MEC. “Não só a UFPB, mas outras federais. A maioria para em setembro se os recursos não forem repassados”, afirmou em entrevista à TV Cabo Branco a professora Margareth Diniz, reitora da UFPB. Segundo ela, a universidade teve cerca de R$44 milhões contingenciados.

“Se o bloqueio for mantido, o que a gente recebeu e ainda tem a receber, excluindo o valor bloqueado, a gente também só fica até o fim de setembro. A partir de outubro teremos dificuldades orçamentárias”, disse o professor Vicemário Simões, reitor da UFCG.

Bloqueio

O Ministério da Educação (MEC) bloqueou, no final de abril, uma parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino. O corte, segundo o governo, foi aplicado sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas.

O Governo Federal alega que a medida não é um corte nos orçamentos das universidades, mas sim um contingenciamento. Segundo o Governo, os recursos poderão voltar a ser liberados com a melhoria da arrecadação e do cenário econômico.

No total, considerando todas as universidades, o corte é de R$ 1,7 bilhão, o que representa 24,84% dos gastos não obrigatórios (chamados de discricionários) e 3,43% do orçamento total das federais.

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João Paulo

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