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COTIDIANO

Cônsul diz que missão de resgate no Japão não localizou 15 brasileiros

Dois ônibus trouxeram nesta quarta 37 pessoas, sendo 26 brasileiros. Uma 2ª operação está sendo programada, mas data não está definida.

Publicado em 16/03/2011 às 11:36

Do G1

A missão que nesta quarta-feira (16) resgatou 26 brasileiros, quatro japoneses, seis bengaleses e um nepalês de áreas afetadas pelo terremoto e tsunami no Japão deve voltar para as regiões de Sendai e Fukushima para buscar cerca de 15 brasileiros que não puderam ser trazidos ou localizados, informaram ao G1 o consul brasileiro no Japão, Antonio Carlos Coelho da Rocha, e o empresário que comandou a operação, Walter Saito.

O consulado informou que ainda há brasileiros na região, mas não sabe informar se algum dos 15 já deixou o local por conta própria. Saito declarou que não sabe se comandaria uma nova operação nesta semana, a pedido do consulado, para buscar os brasileiros que ficaram.

Nesta quarta, dois ônibus com 28 lugares, um caminhão com mantimentos e um carro de apoio retornaram de Sendai, Fukushima e Koriyama com 37 pessoas, sendo 26 brasileiros. Após quase 24 horas de viagem, eles chegaram a Kamisato, na região de Tóquio.

Segundo Saito, a maioria dos resgatados foi embora com a família para outras regiões do Japão, e nove estão hospedados em apartamentos na cidade, pagos pelo consulado. Ainda não há uma data marcada para a nova operação, segundo o cônsul.

O terremoto de magnitude 9 abalou o Japão na última sexta-feira, seguido por um tsunami que atingiu a costa nordeste. O número de mortos é 3.373, mas deve aumentar, com os ao menos 6.000 desaparecidos tendo cada vez menos chances de serem encontrados.

Saito disse que os brasileiros estão assustados e com muito medo que um colapso nuclear, a partir da usina de Fukushima, contamine a todos. “Alguns já me falaram que vão deixar o Japão”, afirmou o empresário.

Ele próprio admitiu receio da crise atômica que ameaça o Japão. Apesar disso, topou a missão em território devastado. “Claro que tenho muito medo de contaminação radioativa. Cheguei até a estocar alimento em casa. Mas pensei duas vezes e aceitei essa missão, porque as pessoas contavam com a gente. Pensei nas crianças que precisavam de ajuda e decidi dar a minha contribuição”, disse.

Saito esteve em Sendai, uma das cidades mais afetadas pelo tsunami que se seguiu ao terremoto, para apanhar um grupo de brasileiros em frente à rodoviária. Depois, seguiu para Fukushima, onde fica a usina nuclear avariada, e seguiu para Koriyama. “O pessoal de Fukushima me ligou desesperado, querendo deixar a cidade logo”, contou.

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Jornal da Paraíba

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