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COTIDIANO

CRM vê superlotação no Trauma da capital

Direção do Trauma admite problemas com a superlotação.

Publicado em 14/12/2012 às 8:00 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:28


Após fiscalização realizada na manhã de ontem, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) constatou superlotação no Hospital de Emergência Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Um relatório será elaborado pelo CRM e encaminhado ao Ministério Público Estadual. Na última quarta-feira (12), o Conselho Estadual de Saúde também inspecionou a unidade hospitalar, detectando o excesso de pacientes.

Somente na 'área vermelha', onde é feito o primeiro atendimento aos casos mais graves, havia, na manhã de ontem, aproximadamente 50 pacientes, acomodados em macas, quando a capacidade máxima do ambiente é de cinco pessoas em atendimento, segundo o diretor de Fiscalização do CRM-PB, Eurípedes Mendonça. Ele disse que, além da quantidade excessiva de pacientes na emergência, foi constatado que o aparelho de ar-condicionado da sala de recuperação anestésica não estava funcionando. O local possui seis leitos, dos quais cinco estavam ocupados.

“Como não houve nenhuma cirurgia pela manhã, a sala deveria estar vazia, pois, após passar o efeito da anestesia, o paciente deve voltar para a enfermaria. Mas, pelo jeito, outros pacientes foram acomodados no leito daqueles que se submeteram à cirurgia e estes não tiveram como voltar para as enfermarias”, afirmou Eurípedes Mendonça.

Por meio da assessoria de imprensa, o diretor Técnico do Hospital de Emergência e Trauma, Edvan Benevides, informou que todos os leitos da instituição estão ocupados devido a um aumento na demanda de atendimentos em comparação com o ano passado.

Segundo ele, o número de transferências para o Trauma subiu mais de 30%, em relação a 2011. “Só para comparação, encaminhamos 50 pacientes para outros hospitais em novembro deste ano, enquanto recebemos 476 pacientes. Este número vem crescendo ao longo do ano, mas se agravou nos últimos dois meses”, explicou Benevides.

O diretor informou que procurou o Ministério Público para tentar resolver o problema e que um debate entre as secretarias Estadual e Municipal de Saúde poderá amenizar a situação. “Enquanto isso, estamos trabalhando na gestão hospitalar. Aumentamos em mais 20 o número de leitos de retaguarda para esta demanda sazonal, aumentamos a equipe médica, estamos renovando os contratos com as cooperativas médicas e melhorando o controle de entrada de pacientes por grau de complexidade, a fim de definir as prioridades de atendimento”, finalizou o diretor técnico.

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Jornal da Paraíba

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