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COTIDIANO

Delegada minimiza agressão contra estudante africana e nega racismo

Delegada disse que chamar uma pessoa de "negra safada" não configura racismo. Declarações sobre caso de estudante agredida na UFPB ganharam repercussão nacional.

Publicado em 25/05/2010 às 15:02

Phelipe Caldas

Repercute em todo o Brasil a cena de violência e racismo registrada nesta segunda-feira (24) no Campus I da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, onde a estudante africana Cadidjatu Cassama foi espancada e xingada por um vendedor de cartão de crédito ainda não identificado. Chamou atenção também as declarações dadas pela delegada Juvanira Holanda, da 4ª Delegacia Distrital do Geisel, que disse nesta terça (25) que o agressor não vai responder nem por racismo bem por lesão corporal.

Apesar de testemunhas terem dito que o homem se referiu à estudante de Guiné Bissau como “negra-cão” e ter dado vários chutes contra ela, a delegada disse que o acusado vai ser indicado apenas por “injúria e vias de fato”.

Para a delegada, chamar uma pessoa de negro não configura crime de racismo e chutar o abdômen não é lesão corporal. O fato foi parar no portal O Globo Online. “Não houve racismo. Para caracterizar racismo tem que ter uma série de coisas. Não é só chegar e falar 'sua branca', 'seu negro' ou 'seu negro safado'. Só caracteriza racismo quando, por exemplo, você impede o acesso de um negro a educação”, afirmou a delegada ao portal.

“O que houve foi uma discussão simples”, completou a delegada, tentando minimizar a agressão do homem que fez com que Cadidjatu precisasse ser hospitalizado no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena. “Ela está bem. Está internada porque ficou preocupada, não tem família no Brasil, ficou com o estado emocional abalado”completou.

O acusado foi ouvido na delegacia e liberado logo em seguida porque a delegada alegou que “delitos de injúria e vias de fato são de menor potencial ofensivo”.

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Jornal da Paraíba

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