COTIDIANO
Delegado diz que dinheiro de cassinos financia outros crimes
"Além de roubar os clientes, a venda de produtos "lava" o dinheiro de tráfico e de assaltos", explica o delegado Walber Virgulino, que fechou um cassino no Bessa.
Publicado em 03/12/2009 às 21:00
Maurício Melo
Na noite desta quinta-feira (3) uma ação policial fechou um cassino que funcionava na orla da Capital há pelo menos um ano. Homens do Núcleo de Operações Especiais da Polícia Rodoviária Federal, do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público estiveram na operação.
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De acordo com o delegado da Polícia Civil, Wagner Dorta, um dos responsáveis pela ação, o GOE, que normalmente trata de crimes violentos e de tráfico de drogas, se envolveu nesta investigação porque se percebeu que cassinos como este são usados para financiar outros tipos de crimes. "Além de roubar os clientes, a venda de produtos lícitos "lava" o dinheiro de tráfico e de assaltos", explicou o outro delegado envolvido, Walber Virgulino.
Segundo o inspetor Genésio, da PRF, uma investigação já vinha acontecendo com o objetivo de descobrir onde o cassino funcionava nos últimos seis meses. Mas foi através de uma denúncia anônima que os policiais chegaram ao local que tinha 71 máquinas funcionando e movimentava entre R$ 20 mil e R$ 30 mil por dia.
Cinco pessoas foram detidas porque trabalhavam no cassino, mas nenhuma delas era o dono, que continua foragido. No momento da batida policial, que contou com cerca de 42 homens, não houve nenhum tipo de reação e cerca de 30 pessoas usavam as máquinas. Segundo informações dos próprios clientes, a casa funcionava das 15h às 4h, todos os dias.
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