COTIDIANO
Delegados e agentes presos em operação da PF são afastados
Publicação do afastamento consta no Diário Oficial do Estado deste sábado (29).
Publicado em 29/12/2012 às 16:56
Os policiais civis presos durante a Operação Squadre, da Polícia Federal, foram afastados pela Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seds) da Paraíba publicou no Diário Oficial deste sábado (29). O afastamento das atividades atinge nove servidores apontados pela Polícia Federal como integrantes de grupos de extermínio. Segundo determinação do juízo da 7ª Vara Criminal de João Pessoa, dois delegados, seis agentes e um motorista devem permanecer afastados por 180 dias.
De acordo com a publicação do Diário Oficial, foi determinado o "afastamento cautelar das funções dos servidores por 180 dias, sem prejuízo de seus vencimentos, porém com suspensão de prerrogativas inerentes aos cargos". Foram afastados os delegados Edilson Araújo de Carvalho e Alberto Jorge Diniz e Silva, os agentes de investigação Cesar Batista Dias, Eduardo Jorge Ferreira do EGito, Esdras Almeida de Oliveira, José Rodrigues da Silva Júnior, Lúcio Flávio Almeida de Lima e Vitor Prado Freire; além do motorista Milton Luiz da Silva.
Conforme a Associação de Defesa das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), o sindicato está oferecendo apoio aos servidores. “Já colocamos a assessoria jurídica da associação à disposição e vamos zelar integralmente pelo princípio da ampla defesa e contraditório. Vamos combater essas operações midiáticas, mas quanto ao mérito do caso, o advogado está preparando a defesa mais adequada. Apenas não concordamos com uma condenação precipitada, levando à violação do sistema jurídico”, afirmou o presidente da associação, Cláudio Lameirão.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) havia denunciado no último dia 20 de novembro, 38 suspeitos de envolvimento em grupos de extermínio que foram detidos após a Operação Squadre, realizada em novembro pela Polícia Federal. Entre os acusados, estão policiais militares, delegados e presidiários.
Segundo apontado pelo MP, os 38 são acusados de integrar três milícias armadas que atuavam em atividades típicas de grupos de extermínio, comércio ilegal de armas e munições, segurança privada armada clandestina, lavagem de dinheiro, prática de extorsão, corrupção policial e tráfico de armas e drogas. Um deputado federal, delegados da Polícia Federal e da Polícia Civil foram arrolados como testemunhas. A operação resultou ainda na apreensão de 16 armas de fogo, entre revólveres, pistolas, rifles e espingardas.
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