COTIDIANO
Dilma e Serra evitam voltar a comentar denúncia de revista
Eu já falei ontem. Agora, vamos aguardar', afirmou presidenciável tucano. Revista afirmou que filho de ministra intermediou contratos com Correios.
Publicado em 12/09/2010 às 18:59 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:34
Do G1
A exemplo da adversária Dilma Rousseff, o candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) cumpriu agenda de campanha em São Paulo neste domingo e não quis fazer comentários sobre o conteúdo da reportagem principal da edição deste final de semana da revista "Veja".
Na reportagem, a revista afirma que o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria atuado como intermediário na negociação de contrato entre os Correios e empresas privadas e recebido "propina" depois de fechado o contrato. A ministra negou a acusação e disse que pretende processar a publicação. O empresário que teria denunciado a cobrança de propina divulgou nota desmentindo a publicação. A revista manteve as informações, afirmando ter gravações e documentos.
Perguntado se pretendia questionar Dilma sobre o assunto durante o debate da noite deste domingo na Rede TV!, Serra afirmou que não podia responder. "O debate tem um rumo. Nem sempre dá para prever", declarou o candidato, durante visita ao museu infantil Catavento, na região central de São Paulo.
Ele afirmou que todos os debates são positivos porque permitem a comparação. "O debate ajuda a população a conhecer, identificar e comparar. É sempre útil. Gostaria que tivessem tido mais debates", afirmou.
Instado a comentar o conteúdo da reportagem, o tucano desconversou. "Eu já falei ontem. Agora, vamos aguardar", disse.
Acompanhado da neta Gabriela, de 3 anos, o presidenciável percorreu o espaço durante cerca de uma hora e meia, explicando para a menina o funcionamento das atrações interativas.
Ele classificou o museu como um "centro de ciência e tecnologia para a criançada e adolescentes" e um lugar "onde há jogos e exposições que motivam o estudo, aumentam a cultura e despertam curiosidade". O candidato disse que, se eleito, vai "reproduzir essa experiência em todo o Brasil". Para ele, espaços como o do museu são indispensáveis para um bom sistema de ensino "porque as crianças vêem na prática como se dão alguns fenômenos da natureza e do mundo animal".
Serra afirmou que as universidades públicas têm que ser "mais turbinadas, de um lado na área de ciência, tecnologia e pesquisa aplicada. De outro, é necessário expandir o número de alunos, que cresceu pouco nos últimos três anos". Ele defendeu "uma política correta, inteligente e não publicitária do ensino superior". "A questão fundamental não é o número de universidades, e sim o número de alunos", declarou.
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