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COTIDIANO

Elvis Presley morreu há 40 anos. Elvis está vivo!

Publicado em 16/08/2017 às 6:32 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:44

Nesta quarta-feira (16), faz 40 anos que Elvis Presley morreu.

Onde você estava naquele 16 de agosto de 1977?

Eu estava vendo Taxi Driver, de Martin Scorsese, no Cine Plaza, em João Pessoa. Só soube depois da sessão. Durante três dias, entre o anúncio da morte e o enterro, o mundo parou para acompanhar os serviços fúnebres em Memphis.


				
					Elvis Presley morreu há 40 anos. Elvis está vivo!

Elvis se transformou num fenômeno em 1956, aos 21 anos, ao ser contratado pela RCA Victor. Nos dois anos anteriores, gravara em Memphis, na pequena Sun Records, fonogramas fundadores do rock’n’ roll. As chamadas Sun Sessions reúnem as bases do rock na medida em que Elvis mistura blues, R & B, gospel e country. Dos Beatles ao U2, todos se curvam à importância daqueles registros e reconhecem neles matrizes do que vieram a fazer. O artista que o mundo conheceu a partir da chegada à RCA conservou muito do que encontramos nas sessões da Sun, mas também foi tragado pelas artimanhas da indústria fonográfica e pelos grandes estúdios de cinema.

Os anos 1950 foram extremamente produtivos, apesar do serviço militar prestado na Alemanha – uma jogada comandada pelo Coronel Parker, seu empresário. A volta, no disco Elvis Is Back, foi triunfal. O LP promove o reencontro do artista com suas fontes. A década de 1960 seria dedicada ao cinema, entre filmes medíocres e discos com suas trilhas sonoras. Felizmente, um outro retorno recuperaria a imagem de Elvis e o levaria a uma fase em que gravou grandes discos. O primeiro, e um dos melhores, se chama From Elvis in Memphis. É da época do especial de televisão que mostrou um intérprete vigoroso revisitando o que fizera nos tempos da Sun.

Elvis Presley vem de regiões profundas do ser da América. Estabeleceu um vínculo raro com milhões de ouvintes, interpretando com um vozeirão kitsch um repertório irresistível para quem nasceu nos Estados Unidos. Ele não largou as raízes, ainda que as tenha submetido a um verniz que desagrada aos puristas. Não deve ser condenado por isso. Se tivermos boa vontade, verificaremos com facilidade que produziu música pop de ótima qualidade numa carreira relativamente curta, iniciada em meados da década de 1950 e encerrada em 1977, com a morte prematura aos 42 anos.

Ainda hoje, posto as capas dos melhores discos de Elvis. 

Imagem

Silvio Osias

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