COTIDIANO
Grécia não crescerá em 2013, diz FMI
Segundo relatório financeiro, previsão dos indicadores do país tiveram forte queda.
Publicado em 16/03/2012 às 8:00
O Fundo Monetário Internacional (FMI) admitiu ontem que a economia da Grécia terá crescimento nulo em 2013, apesar do resgate financeiro aprovado em fevereiro. De acordo o relatório financeiro do fundo, a previsão dos indicadores do país tiveram forte queda em relação ao último documento, de dezembro de 2011. O FMI considera que o Produto Interno Bruto (PIB) grego deverá cair 4,8% em 2012, após retroceder 6,9% em 2011, quase dois pontos percentuais a mais que a previsão anterior, de 3%.
No fim de 2011, a entidade estimava o crescimento da Grécia em 0,3% em 2013, mas a previsão foi revisada para nulo no documento de ontem.
EMPRÉSTIMO
Ainda ontem o FMI aprovou o empréstimo de 28 bilhões de euros ao país, como parte do segundo resgate autorizado pela entidade e a União Europeia no último dia 21 de fevereiro. O objetivo é evitar uma moratória na Grécia com a liberação imediata de 1,65 bilhão de euros.
A proposta aprovada é a mesma que a chefe do FMI, Christine Lagarde, anunciou na última sexta-feira. O prazo de execução dos empréstimos será de quatro anos, por meio de um mecanismo conhecido como Serviço Ampliado do Fundo, com tempo de pagamento mais flexível.
Em comunicado, Lagarde afirmou que os fundos servirão para o aumento da competitividade grega e a recapitalização do sistema bancário após a aplicação de medidas de austeridade classificadas como "dolorosas" pela chefe do FMI.
O empréstimo de hoje tem 10 bilhões de euros do primeiro resgate grego, de maio de 2010, em que Atenas recebeu 110 bilhões de euros do FMI e da União Europeia, e outros 18 bilhões de euros do socorro financeiro aprovado no mês passado.
REFORMAS
Lagarde afirmou que as prioridades da Grécia devem ser o fortalecimento da produtividade, reforma trabalhista, liberalização dos mercados, melhora do ambiente empresarial e privatizações.
Atenas também terá que garantir um superavit primário (economia para o pagamento de dívidas) de 4,5% do PIB em 2014 para reduzir a dívida pública. "Os riscos são muito altos e não há espaços para deslizes. A completa implementação a tempo dos reajustes é crítica para que surta efeito."
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